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Medidas do governo devem ajudar produtores impactados pelo clima, diz Fávaro
Ministro ainda não tem o cálculo de quanto custarão as medidas, mas espera anunciar ações em março O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, sinalizou nesta terça-feira (27/2) que as medidas em construção no governo para minimizar impactos do clima e do mercado no setor produtivo deverão atender produtores de soja e milho e criadores de gado de corte e de leite. Saiba-mais taboola O governo ainda não tem o cálculo de quanto custarão as medidas, mas espera anunciar alguma ação em março. Fávaro voltou a falar que não existe crise no setor e que são necessárias iniciativas estruturantes, e não emergenciais para atacar o problema do campo. O trabalho neste momento é de tentar estratificar quem realmente precisará da ajuda do governo, que deverá ser com a prorrogação de parcelas de investimentos com vencimento neste ano e a disponibilização de linha de capital de giro em dólar via BNDES com carência de dois anos prazo de três anos para pagamento. As medidas deverão ser anunciadas em março, disse Fávaro, e ainda dependerão do aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem se reuniu nesta tarde para apresentar o cenário da safra brasileira e as demandas do campo. "O presidente determinou que continuemos a construção de medidas para minimizar impactos para evitar ondas de recuperação judicial, de inadimplência", disse a jornalistas após o encontro com Lula. "Hoje estamos com praticamente 40% da safra colhida. A ideia é, antes do fim da colheita, para quem teve falta de renda, tenha medidas anunciadas (...) Estamos estruturando quem precisa. A pecuária de corte e de leite, soja e milho estão com dificuldades de renda e clima", apontou. O ministro disse que "não é simples fazer uma prorrogação de tudo que vence" neste ano e, por isso, o governo vai filtrar quem realmente deve ser contemplado com a ajuda. "Tem setor que não precisa, tem que fazer estratificação. Vamos fazer e validar com presidente nos próximos dias". Fávaro repetiu que não existe crise no setor. "Não é uma crise. Precisa de tranquilidade. A determinação do presidente é atender especificamente quem está sem renda, teve problema de safra, para que possa diluir o problema em quatro ou cinco anos e manter nível de investimento e crescimento do setor", disse aos jornalistas. "Ninguém precisa ter incerteza de cair na inadimplência, pensar em medidas mais drásticas. Não precisamos deixar chegar no extremo, como em anos anteriores, que precisou de medidas emergenciais. Precisamos de algo estruturado", completou. Mais cedo, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), disse que o governo precisa assumir que há crise no setor e que será necessário montante razoável para resolver a situação. Entidades que representam produtores de soja, reunidas nesta terça-feira, ressaltaram o momento de dificuldade.
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