Ovo de Páscoa está mais caro em 2024: saiba o motivo

A depender do peso e da marca, alta no preço do produto chegou a 26% Não é impressão: os preços dos ovos de Páscoa estão mais altos este ano. A afirmação é da pesquisa realizada pela Horus, empresa de inteligência de mercado entre os meses de janeiro e fevereiro. O estudo, que avaliou o preço de três categorias de chocolate em todo o território nacional, identificou aumento médio de preços de 11% nas barras de chocolates, de 10,5% nos chocolates e bombons e de 1,8% nos ovos de páscoa. Leia mais Não é impressão: chocolates estão menores e o preço cada vez mais. Entenda Ovo de Páscoa trufado: veja como fazer em casa a casca e o recheio Emprego dos sonhos? O doce trabalho dos classificadores de chocolate “Embora o aumento de preço da categoria ovos de Páscoa tenha sido menor que o dos chocolates e das barras, a tendência é que ele continue em alta”, explica Anna Carolina Veiga Fercher, chefe do departamento de Sucesso do Cliente e Insights da Horus à Globo Rural. Além disso, o grama do chocolate nos ovos de Páscoa é mais caro do que em outros itens do portfólio anual do varejo. A especialista prevê que os valores comecem a ceder na semana anterior ao feriado, quando o varejo busca desfazer do estoque dos produtos sazonais. + Benefícios do cacau: fruta faz bem para o coração e melhora o humor A depender do peso do ovo de páscoa e da marca, a alta chegou a atingir a marca de 26% nos dois primeiros meses do ano. Para realizar a pesquisa, a Horus levantou os preços pagos pelo consumidor final por meio da análise de cerca de 500 milhões de notas fiscais. Saiba-mais taboola O aumento verificado nos preços em 2024 é maior que o registrado no mesmo período de 2023, quando os ovos de Páscoa acumularam alta média de 0,4%. Isso ocorre, segundo Fercher, devido ao custo de produção da indústria, que foi influenciado pela alta das cotações do cacau, do açúcar e do leite. Produção de chocolates Estimativas de mercado apontam para uma produção de ovos e itens de Páscoa superior a 12,5 mil toneladas de produtos neste ano, em alta de 15% sobre as 10,8 mil toneladas de produtos da Páscoa de 2023. Produção e consumo de chocolate aumentou no último ano Divulgação/Nugali Chocolates O aumento reflete a aposta do setor na intenção de compra do consumidor, “considerando o cenário econômico positivo de inflação controlada, PIB em crescimento e nossas indústrias mais preparadas”, estima Jaime Recena, Presidente Executivo da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoins e Balas (Abicab) Segundo a Abicab, em 2023 a produção de chocolate no Brasil cresceu 6%, com um total de 805 mil toneladas. O consumo per capita também aumentou 8,3% no período, para 3,9 quilos por pessoa em 2023. + Cacau é fruta e sua árvore pode viver mais de 100 anos; veja curiosidades Matéria-prima em alta Outro fator que ajuda a entender o aumento nos preços é a realidade das lavouras da Costa do Marfim e de Gana, que respondem por 60% da produção mundial de cacau. A longa seca na região, influenciada pelo El Niño, diminuiu a qualidade e a produtividade da fruta, pressionando o preço da commodity no mercado internacional desde o ano passado. “A partir do segundo trimestre deste ano, vamos, de fato, começar a entender os impactos do novo cenário global”, afirma Anna Paula Losi, presidente da Associação das Indústrias Processadoras de Cacau do Brasil (AIPC). Cacau é a matéria-prima do chocolate Canva/ Creative Commoms Como o quadro é de oferta ajustada frente a uma demanda firme, o mundo pode enfrentar o terceiro déficit consecutivo na produção neste ciclo 2023/24. Com isso, os preços do cacau estão batendo recordes de altas nos mercados internacionais, cotados desde a primeira semana de fevereiro a patamares superiores a US$ 6.000 por tonelada na bolsa de Nova York. + Acompanhe as cotações do cacau A presidente da AIPC explica, entretanto, que as indústrias brasileiras compraram o cacau destinado à produção dos produtos de Páscoa no terceiro trimestre de 2023, quando os preços estavam negociados em patamares próximos US$ 4.000 a tonelada. Embora o Brasil tenha uma produção relevante da fruta, sendo o sétimo maior no ranking global, a colheita ainda não atende toda a demanda da indústria processadora nacional. Por isso, depende da amêndoa trazida do exterior. No ano passado, o Brasil importou 19 mil toneladas de cacau, o equivalente a 7% do volume moído pelas indústrias associadas à AIPC.

Fevereiro 29, 2024 - 14:45
Ovo de Páscoa está mais caro em 2024: saiba o motivo
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