Sucesso nas granjas, Sul domina mercado bilionário dos suínos no Brasil

Ouça este conteúdoA região Sul do país é líder isolada na produção e exportação da carne suína do Brasil, com números consolidados no desempenho 2023. Segundo a Pesquisa Pecuária Municipal divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná concentram um plantel de 23,02 milhões de cabeças, número que corresponde a 52% do que se produz no Brasil.Receba as principais notícias do Paraná pelo WhatsAppA liderança produtiva também trouxe bons resultados de mercado, em um segmento que vez ou outra sofre com as crises financeiras e dificuldades relacionadas ao custo de produção, como alerta o setor produtivo. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) evidenciam que o ano passado foi o melhor da série histórica para o segmento. Do Sul saiu o maior volume produtivo que abasteceu o mercado interno e, principalmente, o mercado bilionário das exportações. O Brasil exportou 1,2 milhão de tonelada diante de uma produção de mais de 5,2 milhões de toneladas.Quando o assunto é produção, Santa Catarina se manteve como a maior produtora do país com plantel estático de 9,82 milhões de cabeças. O Paraná, que até o levantamento de 2022 do IBGE ocupava a terceira colocação, voltou à vice-liderança, ultrapassando o Rio Grande do Sul, com 7,02 milhões de animais. Rio Grande do Sul tem um rebanho de 6,17 milhões de animais.Veja Também:Santa Catarina responde por mais da metade das exportações brasileirasLíder nacional na produção de suínos, Santa Catarina também foi o estado que mais exportou em 2023, respondendo por mais da metade das embarcações. Das 1,2 milhão de toneladas vendidas a outros países, o estado catarinense comercializou 663,3 mil toneladas.Ao falar sobre o avanço do estado, o secretário da Agricultura Valdir Colatto considerou que é uma atividade em expansão, promovendo renda e riquezas. “Somos os maiores produtores do Brasil e seguimos aumentando ano a ano. Cabe a nós cuidarmos para que nossos suinocultores continuem produzindo alimentos de qualidade, uma carne saborosa e saudável, que abastece o Brasil e o mundo”, destaca.O estado é o único do país a vender a carne para nações com exigências sanitárias mais rígidas e específicas. Santa Catarina é área livre de aftosa sem vacinação desde 2007 e esta é uma das exigências de mercados como Japão e Coreia do Sul, importantes consumidores.Veja Também:Paraná quer conquistar mercados que registrem produto estadualMirando na ampliação comercial no cenário internacional, o Paraná espera, já para 2024, conquistar novos mercados e expandir a comercialização. Isso se dá após o estado receber, no último ano, comitivas de países que desejam fazer negócios, mas ainda não compram a carne do estado por questões sanitárias. Apenas no ano de 2021 o estado teve o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como área livre de aftosa sem vacinação, depois de permanecer 16 anos amargando prejuízos pelo registro da doença em 2005.“A abertura destes mercados será muito positiva para o Paraná, que tem potencial de mercado e está comprometido com a sanidade animal, a biosseguridade”, considera o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Martins.Veja Também:Cooperativas miram o crescimento e apostam em avanço do setorO presidente do Sistema Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná), José Roberto Ricken, reconhece o potencial para crescimento na cadeia de carne suína no estado. Regiões como o sudoeste e oeste do paranaenses, lideres estaduais na produção, têm capacidade de avanço no segmento. O oeste, por exemplo, almeja ser o maior produtor de proteínas do mundo em 20 anos - e muito disso está relacionado à suinocultura.“A suinocultura tem muito espaço para expansão no estado, principalmente com abertura de novos mercados. Uma das provas disso é a planta na Frimesa na região, a maior da América Latina. A suinocultura é o setor com maior potencial de crescimento na pecuária do Paraná. Para isso, claro, precisa ser diluída em vários municípios”, avalia Ricken.No que depender da Frimesa, maior player do segmento no estado e quarto do país, o estado vai avançar na cadeia. O CEO da cooperativa, Elias Zydek, lembra que a planta inaugurada no município de Assis Chateaubriand (PR) se consolida como o maior frigorífico de abate suíno da América Latina. Quando a indústria estiver em pleno funcionamento, em 2030, vai abater 15 mil animais por dia. Por enquanto, o abate varia de 3 a 5 mil suínos ao dia. “Além de ampliar a produção, nosso desafio é encontrar gente para trabalhar. Temos centenas de vagas abertas que não conseguem ser preenchidas. Sem funcionários a expansão também fica comprometida”, alerta.No oeste do Paraná, onde a Frimesa está implantada, há cerca de 12 mil vagas abertas e sofre com a falta de trabalhadores. A maior parte das oportunidades está em plantas industriais, como nas cinco (entre dez) maiores cooperativas do agro no Brasil. “Não temos dúvidas que um dos des

Janeiro 18, 2024 - 16:47
Sucesso nas granjas, Sul domina mercado bilionário dos suínos no Brasil
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