Guardiãs do saber: Cleonice dos Santos é líder quilombola e inspiração na Chapada Diamantina

'Veteranas do campo' como ela, com idade enre 55 e 75 anos, são metade das mulheres que lideram propriedades rurais no Brasil Elas plantam, colhem, pilotam máquinas gigantescas e caminhões, dirigem fazendas e multinacionais. Exercem trabalhos manuais, exaustivos, repetitivos e, dependendo da atividade, colocam a saúde em risco por passarem boa parte – ou o dia todo – expostas ao sol. Não raramente veem homens torcendo o nariz para as suas decisões ou descredibilizando suas opiniões. Isso tudo pode acontecer com qualquer mulher, em qualquer ambiente de trabalho, mas, no grupo das que estão acima dos 55 anos de idade e atuam em um setor predominantemente masculino, talvez seja mais comum do que se imagina. Leia também Mulheres ganham mercado de cafés especiais no Paraná Mercado de flores e plantas avança com força feminina Conheça a primeira mulher a receber a certificação de produção integrada de morangos Essas mulheres experientes, verdadeiras 'veteranas do campo', atuam dentro e fora da porteira. Vêm ganhando protagonismo em uma transformação significativa observada nas atividades rurais na última década, especialmente na agricultura familiar. Enquanto a participação dos jovens diminuiu no campo, a presença de pessoas mais velhas cresceu, de 17% para 23% do contingente dedicado à produção agropecuária, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo os dados do último Censo Agropecuário, de 2017, o Brasil tem 414,9 mil produtoras com idades entre 55 e 75 anos, um grupo que representa quase metade do número de mulheres que lideram propriedades rurais. Cleonice dos Santos, de 55 anos, é uma delas. De trabalhadora rural, passou a ser dona do seu próprio pedaço de terra, onde cultiva legumes e hortaliças com a família, na Chapada Diamantina (BA). Além de comandar a pequena propriedade, é esposa, mãe, avó e presidente da Associação de Mulheres Rurais Quilombolas. Com a entidade, já conseguiu alavancar projetos na região e melhorar as condições de plantio de mais de 300 famílias quilombolas. Cleonice lidera um grupo de mulheres que têm entre 18 e mais de 70 anos. Em rodas de conversa semanais, ajuda, em especial, os mais jovens a conhecer e aprender com as experiências das mais velhas. “Nosso sonho coletivo é que a juventude veja o exemplo dos mais velhos e absorva as histórias, as tradições e as raízes do povo quilombola. Assim, nossa forma de cultivar o alimento nunca vai se perder”, diz. Quer conhecer mais histórias de mulheres como Cleonice? Leia na edição de março da Globo Rural

Março 8, 2024 - 08:01
Guardiãs do saber: Cleonice dos Santos é líder quilombola e inspiração na Chapada Diamantina
'Veteranas do campo' como ela, com idade enre 55 e 75 anos, são metade das mulheres que lideram propriedades rurais no Brasil Elas plantam, colhem, pilotam máquinas gigantescas e caminhões, dirigem fazendas e multinacionais. Exercem trabalhos manuais >>>

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