Cacau sobe 5% e se aproxima de recorde em Nova York

Preocupação com as colheitas na África mantém tendência de alta para as cotações Após experimentarem uma correção nas duas últimas sessões, os preços do cacau voltaram a subir de maneira expressiva na bolsa de Nova York. Os papéis para maio fecharam em alta de 5,19% nesta segunda-feira (11/3), para US$ 6.728 a tonelada, muito próximos do recorde alcançado no final de fevereiro, de US$ 6.884 a tonelada. +Veja mais cotações de commodities agrícolas na ferramenta da Globo Rural As condições adversas na produção de cacau nos maiores produtores mundiais, Costa do Marfim e Gana, voltaram a pautar a formação de preço na bolsa. “Na Costa do Marfim, as entregas da amêndoa nos portos caíram 36% nesta safra. Já Gana enfrenta um problema estrutural. O país perdeu cerca de 500 mil hectares de árvores nos últimos anos em função de doenças. A tendência é que essa queda na oferta se acentue nessas regiões”, afirma Edilson Reis, analista de mercado. Saiba-mais taboola Com a produção comprometida, já se espera um déficit no ciclo 2023/24 na ordem de 374 mil toneladas, segundo estimativa oficial. O saldo negativo também pode se repetir para a próxima temporada, conforme projeções de analistas. Aliado às preocupações sobre a oferta, acrescenta Reis, a demanda ainda não deu sinais de retração. Esse cenário é visto principalmente na Europa, o principal mercado consumidor de cacau. “Se está subindo tanto, é porque o consumo está acontecendo”, afirma o analista. No entanto, com os preços orbitando próximo a patamares recordes, uma hora a demanda será impactada, como prevê Adilson Reis. “Em algum momento esses preços vão impactar a cadeia. Isso é inevitável. Será uma pressão muito forte, que terá reflexos tanto para o varejista quanto para o produtor. Alguém vai pagar essa conta no final”. Café O dia foi de pouca oscilação para o café em Nova York. Os contratos do arábica para maio caíram 0,11%, cotados a US$ 1,85 a libra-peso. Nos últimos pregões, o grão tem respondido às movimentações da variedade robusta na bolsa de Londres, que segue valorizada devido a problemas na oferta. Em termos de fundamentos, analistas não apostam em uma alta expressiva para o arábica, diante das projeções otimistas até o momento para a colheita da safra brasileira em 2024/25. Açúcar O preço do açúcar disparou na bolsa de Nova York, pautado principalmente por uma movimentação técnica dos investidores. Os contratos do demerara com entrega para maio fecharam em alta de 3,78%, a 21,95 centavos de dólar por libra-peso. Suco de laranja e algodão Nos negócios do suco de laranja, os lotes do produto concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) para maio fecharam em queda de 1,98%, para US$ 3,5390 a libra-peso. No mercado de algodão, investidores corrigiram posições após uma queda de mais de 4% na última sexta. Os lotes para maio fecharam em alta de 0,45%, a 95,06 centavos de dólar por libra-peso.

Março 11, 2024 - 16:30
Cacau sobe 5% e se aproxima de recorde em Nova York
Preocupação com as colheitas na África mantém tendência de alta para as cotações Após experimentarem uma correção nas duas últimas sessões, os preços do cacau voltaram a subir de maneira expressiva na bolsa de Nova York. Os papéis para maio fecharam >>>

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