Governo vai propor ações estruturantes para conter alta de alimentos

Planalto está em alerta com preços de arroz, feijão, trigo e milho O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, descartou a adoção de medidas excepcionais para promover a redução de preços de alimentos no país. Segundo ele, ações "estruturantes" serão adotadas para estimular a produção nas próximas safras como forma de evitar a inflação de produtos agrícolas aos consumidores. Saiba-mais taboola O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encomendou nesta segunda-feira (11/3) um conjunto de medidas à área econômica e aos órgãos vinculados ao campo, como os ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Agrário e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para induzir a queda nos preços de alimentos, tema que afeta a popularidade do governo e preocupa a cúpula do Palácio do Planalto. Os produtos que ligaram alerta do Planalto são arroz, feijão, trigo e milho, apurou a reportagem. No Plano Safra 2023/24, em vigor, o governo adotou medidas para tentar estimular a produção de alimentos que vão diretamente para a mesa dos consumidores. Linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) oferecem juros mais baratos, de 4% ao ano, para quem produzir itens como arroz, feijão, mandioca, tomate, leite, ovos, entre outros. Também houve redução no preço das alíquotas de adicional cobrado no Proagro Mais, espécie de prêmio do programa de seguro rural público, e a retomada tímida da formação de estoques, com compras de milho, principalmente. Em uma reunião de quase três horas na Casa Civil, conduzida pela secretária-executiva Miriam Belchior, o governo traçou o diagnóstico da situação dos preços desses alimentos e debateu medidas a médio e longo prazo para estimular a produção desses itens. Uma nova reunião ficou pré-agendada para a tarde desta quinta-feira (14/3) para que o grupo possa apresentar o diagnóstico e as sugestões de medidas ao presidente Lula. O presidente da Conab, Edegar Pretto, é quem deve liderar a formulação das propostas. "Fomos tratar sobre preço e produção de alimentos, além da formação de estoques públicos. A Conab voltou a cumprir seu papel e será, novamente, um dos principais instrumentos para acabar com a fome no Brasil", disse Pretto. "Não há nada preocupante com a inflação dos alimentos. O que devemos tomar de medidas são estruturantes para as próximas safras, garantindo estabilidade de preços, mas nada que requeira medida excepcional nesse momento", disse Fávaro após a reunião no Palácio do Planalto. Segundo ele, o presidente Lula chamou os ministérios para verificar se alguns alimentos tiveram alta de preços em janeiro e fevereiro e para discutir quais medidas poderiam ser tomadas. "As análises mostraram que, pontualmente, eram questões de entressafra, algumas questões climáticas, mas com a safra já avançando os sinais de queda nos preços já estão claros e acontecendo", disse o ministro da Agricultura em áudio encaminhado pela assessoria. "A tendência de todos os produtos é de queda de preços", completou. Combate à fome Na semana passada, em evento no Palácio do Planalto, Lula disse que "combater a fome tem que ser prioridade zero" no governo e que, se as medidas demandarem dinheiro, os ministros vão precisar colocar a "mão no bolso", sem detalhar medidas. Ele comentou que o problema no país não é falta de alimentos, mas de acesso aos produtos pela população mais pobre. "Temos a nossa querida Conab, que está nas nossas mãos agora. Nós podemos fazer estoque de alimento, podemos escolher alimento de qualidade para fazer estoque. Se a gente tiver estoque, podemos cuidar de duas coisas: de garantir preço mínimo para pequeno e médio produtor ter certeza que não vai perder com as intempéries e ao mesmo tempo a gente pode ter certeza que se faltar alimento, vamos ter alimento para regular o mercado interno", disse na oportunidade. "Vai ter condições de garantir e fazer as cestas básicas saudáveis", completou.

Março 11, 2024 - 21:18
Governo vai propor ações estruturantes para conter alta de alimentos
Planalto está em alerta com preços de arroz, feijão, trigo e milho O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, descartou a adoção de medidas excepcionais para promover a redução de preços de alimentos no país. Segundo ele, ações "estruturantes" serão a >>>

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