Raquele, do BBB24, ajuda a família na colheita do café

Rosinete Cardoso, mãe da participante do Big Brother Brasil, rebate comentários negativos sobre a atividade: 'É uma profissão digna' Confeitaria e engenharia mecânica não são as únicas áreas de atuação de Raquele, participante do Big Brother Brasil 2024. Entre os meses de março e abril, desde os 12 anos, a sister costuma participar de colheitas de café em Aracruz, cidade onde vive no Espírito Santo. Nas últimas semanas, um vídeo de Raquele na colheita de 2022 viralizou nas redes sociais. Em entrevista à Globo Rural, sua mãe, Rosinete Cardoso, confessou ter ficado abalada após ler comentários na publicação menosprezando a profissão dos “catadores”. “É um serviço digno. E tenho muito orgulho disso. Foi daí que tirei minha renda e conquistei os sonhos da minha família. Só a gente que trabalha sabe das dificuldades. Muitos dizendo que ela queria se vitimizar, mas é a história dela, que é linda, e deve, sim, ser contada”, defende. Assista ao vídeo: Raquele relata seu dia na colheita do café A estudante de engenharia mecânica estava juntando dinheiro para completar o valor necessário para tirar a sua carteira de habilitação (CNH). “Tô morta. Já pensei 10 mil vezes em desistir, mas não posso desistir. Falei que totalizou sete sacos, né? Fora a lona que meu pai e minha mãe estão trazendo, que tenho que limpar ainda, aí eles me ajudam também, e ensacar”, diz a sister, no vídeo. Como Raquele começou a colher café? Foi a sua avó paterna, dona Efigênia, que introduziu a atividade na família: primeiro os filhos, depois as noras e, mais tarde, as netas. Rosinete relembra o momento em que a primogênita começou a acompanhá-la nas lavouras. “Ela tinha uns 12 anos quando meu marido descobriu que era diabético. Ele era motorista, viajava pelo Brasil todo, e teve uma crise em Minas Gerais. Fiquei quase um mês afastada do emprego para acompanhá-lo no CTI. Quando chegou a época da colheita, ele não podia ir, e precisávamos da renda”. Foi Raquele quem se ofereceu para acompanhar, conta a mãe. Jojo, a filha mais nova, também. A colheita, de segunda a sábado, começa às 7h e vai até o fim da tarde, por volta das 17h30, com intervalo para o almoço às 13h. Raquele mostra lavoura onde colhe café com a família O processo é dividido em etapas: primeiro, uma lona de colheita é estendida embaixo dos pés de café, onde os grãos irão aterrissar após a derriça manual. Durante o trabalho, é comum que galhos, folhas e outros dejetos caiam no pano. Por isso, os funcionários realizam a abanação com peneiras, para separar possíveis detritos. Por fim, o café é colocado em sacos e levado para o transporte. Juntas, as três conseguiam colher cerca de 15 sacos de café por dia, que rendiam, em média, R$ 225. “Como era muito pesado, eu não deixava elas ficarem na parte da lona. Pedia ajuda para separar e limpar os grãos. Mas íamos embaixo de chuva e sol”, relembra dona Rosinete. Raquele acompanhada de sua mãe e seu noivo Arquivo Pessoal Aos sábados, Rosinete tentava sair escondida, sem fazer barulho, para deixar as filhas dormirem até mais tarde, mas as meninas faziam questão de acompanhá-la. “Nunca foram obrigadas, iam por livre espontânea vontade. A minha filha é muito trabalhadeira, e a nossa família é unida. Não é qualquer um que aceita acompanhar a mãe.” Atualmente, a mãe de Raquele tem um emprego fixo como cozinheira, mas costuma aproveitar os dias de folga para participar da colheita.“Esse ano já tem gente atrás, mas não sei se vou conseguir. A avó dela, dona Efigênia, vai até hoje, com 76 anos. Devagar, mas vai. É guerreira demais”, conta, entre risos.

Raquele, do BBB24, ajuda a família na colheita do café
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