Preço da soja no Brasil sobe, na 'contramão' de Chicago

Sojicultores evitam realizar negócios envolvendo grandes volumes para entrega imediata O preço da soja sobe no Brasil, com os compradores nacionais e estrangeiros “disputando” o grão, enquanto os produtores fecham poucos negócios. O indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) com base em Paranaguá (PR) acumula alta de 7,05% até a segunda-feira (18/3), quando o valor foi de R$ 123,89 a saca de 60 quilos. +Veja mais cotações agropecuárias na ferramenta da Globo Rural “O impulso veio das valorizações externa e cambial, e também da maior disputa entre compradores nacionais e estrangeiros pela oleaginosa brasileira. Preocupados com a possível menor produtividade, sojicultores evitam realizar negócios envolvendo grandes volumes para entrega imediata”, informa o Cepea, em nota. Saiba-mais taboola A referência da instituição com base nos negócios no Estado do Paraná tem alta de 7,03% no período. Na segunda-feira (18/3), o valor ficou em R$ 118,48. O mercado interno da oleaginosa sobe, em tendência contrária à dos preços internacionais na bolsa de Chicago. Nesta terça-feira (19/3), o contrato para maio recuou 0,19% e fechou a US$ 11,85 por bushel. O vencimento de julho (segunda posição no painel da bolsa) caiu 0,17% e encerrou a sessão a US$ 12 o bushel. Em Mato Grosso, maior produtor nacional de soja, o preço variou de R$ 102,47 a R$ 104,40 a saca de 60 quilos, de acordo com o indicador do Instituto de Economia Agropecuária do Estado (Imea). A média semanal foi de R$ 103,51 a saca, alta de 3,69% em relação ao período anterior, com 95,6% da área colhida. “Com a maior valorização da soja MT ante a CME-Group contrato corrente, o diferencial de base apresentou queda de 1,29% ante a semana anterior”, diz o Imea, informando que esse diferencial está em R$ 26,68 a saca de 60 quilos. Initial plugin text “Comportamento melhor” João Birkhan, CEO do Sim Consult, avalia que os preços na bolsa de Chicago devem ter um “comportamento melhor” nas próximas semanas, depois que os mais recentes relatórios de safra trouxeram revisões para baixo nas expectativas de safra do Brasil. Neste momento, afirma o consultor, a situação ainda não é favorável para a realização de novas vendas. “Até maio, estamos embarcando aquela soja que foi comprometida com muita antecedência - os barter, os financiamentos de safra – e para quem não tem armazém. A partir de junho, começa a ter uma soja que ainda está de posse do produtor e que ele vai vender quando o preço estiver melhor”, explica Birkhan. Os prêmios de exportação da soja nos portos brasileiros ainda estão negativos, de acordo com o Sim Consult. Para maio de 2024, o desconto é de US$ 0,50 sobre o contrato de mesmo vencimento na bolsa de Chicago. Para julho, está em US$ 0,18 negativo sobre a cotação da bolsa.

Março 19, 2024 - 17:15
Preço da soja no Brasil sobe, na 'contramão' de Chicago
Sojicultores evitam realizar negócios envolvendo grandes volumes para entrega imediata O preço da soja sobe no Brasil, com os compradores nacionais e estrangeiros “disputando” o grão, enquanto os produtores fecham poucos negócios. O indicador do Cent >>>

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