Por que a mandioca pode florescer de maneira precoce?

Cultivada pelas suas raízes tuberosas, planta é pouco conhecida pela produção de flores A mandioca (ou aipim, ou ainda macaxeira) é uma das culturas mais tradicionais do Brasil, tendo sido domesticada pelos povos indígenas que habitavam a América do Sul antes da chegada dos colonizadores europeus. Seu cultivo para subsistência e consumo local é comum em hortas por todo o país, embora também existam grandes lavouras comerciais em algumas regiões. Leia também Mandioca é fonte de energia e imunidade: 9 benefícios do 'alimento do século' Apesar de seu cultivo ser comum no Brasil, são necessários alguns cuidados para garantir uma boa produção da raiz comestível. Abaixo, a leitora Dayene Cristina Silva da Cunha, de Anápolis (GO), pede esclarecimentos sobre o florescimento precoce de seu mandiocal. Saiba-mais taboola Por que os pés de mandioca plantados há menos de 30 dias já estão dando flores? Dayene Cristina Silva da Cunha, de Anápolis (GO) Cultivada principalmente pelas suas raízes tuberosas, a mandioca é pouco conhecida pela produção de flores. A floração no mandiocal ocorre de acordo com influências de diferentes condições e fatores, como idade, variedade, ambiente, genética e fotoperíodo. É mais propensa em algumas plantas do que em outras, além de se dividirem entre as que registram florescimento em épocas do ano quando os dias são mais curtos e mais longos. A mandioca, que prefere climas quentes e úmidos, tem dificuldade de produzir flores sob temperaturas extremas. Por outro lado, quando apresenta danos nas raízes ou doenças, direciona sua energia para a floração como uma estratégia de sobrevivência. Contudo, a planta tende a florir com, pelo menos, mais de um ano de crescimento, sendo raro em exemplares mais jovens. Por isso, é preciso saber melhor dos mecanismos fisiológicos envolvidos no cultivo das mandiocas floridas antes de completar um mês de plantio. Algum tipo de estresse pode ser a causa, como a falta de água em um período de seca combinada com a ausência de regas. Consultores: Alfredo Augusto Cunha Alves, pesquisador em Fisiologia Vegetal da Embrapa Mandioca e Fruticultura; rua Embrapa, S/Nº, Caixa Postal 007, CEP 44380-000, Cruz das Almas (BA); www.embrapa.br/fale-conosco/sac/ Georgeton Silveira, coordenador técnico estadual de Olericultura da Emater-MG; avenida Raja Gabaglia, 1626, bairro Gutierrez, CEP 30441-194, Belo Horizonte (MG); Tel (31) 3349-8001 ou (31) 3349-8120