Cacau ultrapassa US$ 9 mil a tonelada pela primeira vez na história

Cotações do café também sobem nesta segunda-feira Ao mesmo tempo que a semana é mais curta devido ao feriado de Páscoa, também é aguardada pelos investidores pelos importantes indicativos financeiros que serão divulgados, entre eles a inflação ao consumidor nos EUA, que deve influenciar diretamente o corte de juros no país. +Veja mais cotações de commodities agrícolas na ferramenta da Globo Rural Nesse cenário, Nova York começa a semana com novo recorde para os preços do cacau, que ultrapassam US$ 9 mil a tonelada. Agora, o contrato para maio, o mais negociados, vale US$ 9.174, com alta de 2,63%. Saiba-mais taboola “Além de todos os problemas relacionados com a oferta no Oeste de África, os relatos de que algumas esmagadoras estariam interrompendo as atividades, seja por falta de produto ou até mesmo pelo preço considerado impraticável, adicionando uma preocupação a mais para o mercado", afirma Leonardo Rossetti, analista de inteligência de mercado da StoneX. Rossetti segue o raciocínio de outros analistas e acredita na manutenção dos altos patamares para a commodity na bolsa. Ainda assim, ele vê como exagerada as perspectivas de altas mais robustas. “Tem se comentado cada vez mais que o cacau pode bater os US$ 10 mil, mas em termos de fundamentos não se justificaria uma alta tão intensa. Se ela ocorrer é mais por um pânico do mercado de que pode faltar produto”, destaca. Dentro desse contexto, o analista diz que há no horizonte dois fatores que podem amenizar a escalada nos preços do cacau. “O mercado espera a entrada da safra intermediária da Costa do Marfim, que será disponibilizada no próximo mês. Ainda que represente um quarto da safra principal, ela pode trazer um pouco de alívio em termos de oferta”. Dados recentes do Conselho de Cacau e Café da Costa do Marfim indicam que a colheita intermediária ficará entre 400 mil e 450 mil toneladas, abaixo das 550 mil toneladas da safra anterior. Outra informação que pode “acalmar” os investidores do cacau são os dados de moagem do primeiro trimestre deste ano, que deverão ser divulgados em meados de abril, lembra Rossetti. Em meio a preços históricos, é esperado que a demanda mostre algum sinal de fraqueza, abrindo assim espaço para correções nos valores da amêndoa. Café Os preços do café também estão em alta, mas com menos intensidade que o cacau. Os contratos do arábica para são cotados agora US$ 1,820 a libra-peso, 0,41% mais que no último fechamento. Segundo a agência Reuters, os preços do café robusta, no Vietnã – maior produtor mundial da espécie – estão recordes no mercado interno, reduzindo a oferta no exterior. “Nunca houve um ano em que os preços do café tenham estado acima de 95.000 VND/kg. Este é um sinal positivo e favorável para as pessoas, depois de muitos anos de preços baixos do café, disse Nguyen Nam Hai, presidente da Associação de Café e Cacau do Vietnã (Vicofa), segundo a agência. Entretanto, Leonardo Rossetti, da StoneX, afirma que as projeções de safra no Brasil seguram a alta do café. A consultoria estima que a colheita do grão no país em 2024/25 chegará a 67 milhões de sacas. "De uma maneira geral, a produção de arábica no Brasil tem um panorama muito positivo, ao mesmo tempo em que a demanda ainda está cercada de incertezas", observa o analista. Açúcar e algodão Nos negócios do açúcar, os lotes com entrega para maio sobem 0,5%, com o preço de 21,92 centavos de dólar por libra-peso. Por fim, os contratos do algodão com entrega para maio são cotados a 91,23 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 0,35%.

Março 25, 2024 - 10:15
Cacau ultrapassa US$ 9 mil a tonelada pela primeira vez na história
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