Preço da soja recua em Chicago com expectativa de aumento de área nos EUA

Milho também cai, pressionado por oferta dos EUA, enquanto cotação do trigo avança A quarta-feira foi marcada por pouca liquidez no mercado de grãos na bolsa de Chicago. Agentes se retraíram à espera dos dados de plantio para a safra americana em 2024/25. Como resultado, os grãos pouco oscilaram. +Veja mais cotações de commodities agrícolas na ferramenta da Globo Rural No caso da soja, os contratos com entrega para maio fecharam em queda de 0,54%, negociados a US$ 11,9250 o bushel. Saiba-mais taboola Amanhã, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgará suas novas projeções de plantio de para o novo ciclo. Entre os analistas, está a expectativa de que o órgão indicará uma área de 34,93 milhões de hectares. Em fevereiro, a projeção oficial indicava 35,41 milhões. “Há rumores de que o potencial de área plantada pode ser maior que o inicialmente previsto, pois a relação de preços de soja em relação ao milho está mais favorável para a oleaginosa. Além disso, o relatório de plantio pode trazer ainda mais volatilidade para as cotações”, observa Ismael Menezes, sócio da MD Commodities. Outro dado que pode movimentar o mercado de soja amanhã são os volumes de estoques do primeiro trimestre nos EUA. O USDA deve apontar reservas de 49,86 milhões de toneladas até o dia 1º de março, acima dos 45,92 milhões de toneladas observados em igual período do ano passado. Milho O preço do milho segue nos menores patamares em mais de três na bolsa de Chicago, e nem mesmo uma redução da área plantada nos EUA poderá reverter essa tendência. O contrato do cereal para maio fechou a sessão em queda de 1,33%, a US$ 4,2675 o bushel. Entre os agentes de mercado está a expectativa de que o USDA deverá indicar uma redução da área a ser plantada com milho nos EUA. O relatório sobre intenção de plantio no país, que será divulgado amanhã, deverá indicar uma semeadura de 37,24 milhões de hectares, acima dos 36,83 milhões de hectares previstos pelo Departamento de Agricultura americano no último mês. Ambos os números confirmariam uma redução significativa com o cultivo do cereal na nova temporada, já que os americanos plantaram 38,28 milhões de hectares em 2023/24. Ainda assim, na visão de Ismael Menezes, da MD Commodities, o possível corte na área já está precificado pelos investidores em Chicago. “Mesmo que se confirme essa migração de áreas de milho para o cultivo de soja nos EUA, se houver uma alta nos preços ela será pontual, pois a safra no país ainda teria um potencial de 370 milhões de toneladas, o que permitiria um estoque final muito alto, assim como aconteceu nesta temporada”, destaca Menezes. As expectativas com o volume de estoques de milho americano podem colocar ainda mais pressão de baixa nas cotações. Os estoques no primeiro trimestre de 2024 deverão ser de 214,35 milhões de toneladas, bem acima das 187,86 milhões de toneladas registradas em igual momento do ano passado. Trigo Nos negócios do trigo na bolsa de Chicago, os contratos para maio terminaram a sessão cotados a US$ 5,4750 o bushel, alta de 0,74%. Em meio a um cenário de oferta elevada, os dados sobre a safra de trigo americana, que serão divulgados amanhã pelo USDA, deverão ter pouco impacto sobre as cotações do cereal, que ainda devem seguir em queda. No que diz respeito à safra de trigo, analistas preveem que o departamento americano aponte um plantio de 19,29 milhões de hectares na safra 2024/25, acima dos 19,02 milhões de hectares projetados pelo USDA em fevereiro, e 20,06 milhões de hectares que foram plantados em 2023/24. Em sentido contrário, os estoques de trigo americanos devem aumentar. Analistas esperam que o USDA aponte um total de reservas de trigo de 28,66 milhões de toneladas no primeiro trimestre deste ano, versus 25,61 milhões de toneladas observado em igual momento de 2023.

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