Após tombo em receita, Cooxupé prepara entrada no mercado de milho e soja

Faturamento da cooperativa caiu 20% no ano passado, para R$ 6,4 bilhões; sobras líquidas aumentam 3,4%, com reversão de provisionamento feito em 2022 A Cooperativa Regional dos Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), maior comercializadora de café do mundo, encerrou 2023 com um faturamento de R$ 6,4 bilhões, 20% abaixo do ano anterior. Mas a redução de despesas operacionais e a reversão de um provisionamento de perdas feito no ano anterior permitiram à cooperativa fechar com incremento de 3,4% nas sobras líquidas (equivalente ao lucro) de R$ 286,8 milhões. As sobras distribuídas aos cooperados totalizaram R$ 101,4 milhões, 81% acima dos R$ 56 milhões de 2022. Saiba-mais taboola Em 2023, a cooperativa registrou originação de 6,5 milhões de sacas de café arábica — um ano antes, foram 5 milhões de sacas. O volume originado pelos 19 mil cooperados no ano passado atingiu 5,4 milhões de sacas, alta de 42%. As exportações somaram 3,6 milhões de sacas, queda de 35,7%. Os embarques foram para 50 países, incluindo Estados Unidos, Alemanha, Bélgica e China. A oscilação nos preços internacionais explica a queda na receita. “Foi um ano de muitas dificuldade no embarque de café, principalmente dificuldades com frete marítimo. Nossos clientes postergaram as compras dado os custos de frente, a falta de navios, de contêineres, houve um atraso”, disse Carlos Augusto de Melo, presidente da Cooxupé. Para 2024, a cooperativa espera uma originação de 7 milhões de sacas de café, aumento de 7,7% em relação ao ano passado. Segundo Melo, os cooperados já negociaram em torno de 20% da safra e houve aceleração nas entregas, batendo 1 milhão de sacas em março. “A cooperativa deve ter em Santos de 200 mil a 300 mil sacas de café esperando para embarcar no porto”, disse o presidente. Osvaldo Bachião Filho, vice-presidente da Cooxupé, afirmou que o preço a partir de US$ 200 por saca paga a conta do cooperado, o que estimula as vendas. A proximidade da colheita também é um incentivo à comercialização. A expectativa da cooperativa é que 30% da safra seja negociada até o início da colheita, no fim de abril. Vendas de milho e soja Em coletiva de imprensa, a Cooxupé informou que começou a estruturar uma área para comercialização de milho e soja produzidos pelos seus 19 mil cooperados localizados em Minas Gerais e na região da Mogiana, em São Paulo. Bachião disse que os cooperados têm 370 mil hectares de área plantada com café e uma área similar de soja e milho. A cooperativa já vende insumos para plantio de milho e soja e tem uma mesa para operar grãos, mas disse que é insuficiente para atender a demanda crescente dos cooperados. Segundo Melo, a Cooxupé criou recentemente um departamento técnico e analisa a estruturação da área. “Para atender em grande escala não basta vender insumos, tem que ter a parte logística, ter estrutura de armazenamento, recebimento dos grãos, porto. É um projeto de grande envergadura. Ainda não podemos dar detalhes porque está muito incipiente. Mas existe muito a vontade”, afirmou Melo. Questionado sobre a possibilidade de a Cooxupé entrar no segmento de café conilon, aproveitando os preços recorde do produto no mercado internacional, Melo observou que a cooperativa não produz nem uma saca do grão hoje, mas não é impossível entrar na categoria. “Não temos preconceito nenhum se isso for necessário.

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