Minas festeja supersafra de cana e mira recorde

Setor Sucroalcooleiro Minas festeja supersafra de cana e mira recorde Produtividade atingiu média de 84.829 quilos por hectare, um salto expressivo em comparação aos 78.786 quilos/hectare atingidos na safra de 2022/2023 Publicado em: 28/03/2024 às 16:40hs O terceiro levantamento da safra de 2023/2024 feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou Minas Gerais como o segundo maior produtor de cana-de-açúcar do Brasil, abaixo de São Paulo. De acordo com os dados mais recentes, a produtividade atingiu média de 84.829 quilos por hectare, um salto expressivo em comparação aos 78.786 quilos/hectare atingidos na safra de 2022/2023. O desempenho resultou em uma produção total de 80,2 milhões de toneladas, superando em 13,6% as 70,5 milhões de toneladas da temporada anterior. Os dados foram coletados de 29 de outubro a 11 de novembro do ano passado por técnicos da Conab, que analisam informações como área de cultivo, produtividade, além da produção da lavoura e subprodutos como etanol e açúcar, o que permite uma visão mais detalhada sobre a safra atual. A previsão para o quarto levantamento, que representa o balanço total da safra, tem divulgação prevista para 18 de abril, quando provavelmente será comprovado o melhor desempenho da série histórica mineira, com início em 2005/2006. Entre outros municípios, o aumento da produtividade da lavoura foi festejado em Campo Florido, no Triângulo Mineiro, onde o engenheiro agrônomo João Bosco Brandão Salomão, de 49 anos, mantém sua produção. Ele é da primeira geração a produzir cana-de-açúcar na família, que era produtora de cereais, e mantém a plantação, em sua maioria, em terrenos arrendados. “Nessa safra de 2023/2024, a gente observou um aumento de produtividade excelente. Tanto que batemos recorde de produtividade em algumas áreas”, afirma. De acordo com o produtor, o desempenho estadual e pessoal se deve, entre outros fatores, a uma aplicação cada vez maior de tecnologia na lavoura. “É algo em que há algum tempo a gente já vem trabalhando, e envolve a construção de um perfil de solo de maneira mais tecnificada usando traços culturais como a adubação correta e aplicação de corretivos apropriados. Tudo isso permite um maior aprofundamento da raiz e aumento da produção”, explica. Para o produtor, isso tem representado um tempo cada vez maior dentro do escritório, onde são feitos os planejamentos e estudos a serem aplicados no campo. Chuva ocorreu na medida ideal Além de maior uso de tecnologia no campo, o também engenheiro agrônomo Rodrigo Piau, de 47, aponta um fator imprevisível como um dos principais aliados na marca histórica alcançado pelo setor canavieiro mineiro: as chuvas. Ele faz parte da Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Campo Florido (Canacampo), responsável por fornecer cana-de-açúcar à filial da Usina Coruripe na região. “Nossa região sempre foi conhecida por manter uma boa produção de cana, mas o fator climático foi essencial para essa última safra. A umidade veio na medida e no tempo ideal, o clima foi extremamente favorável. É algo que não temos controle, mas foi um ponto principal”, afirma. A Canacampo também bateu recorde na última colheita, chegando a moer 4.774.000 de toneladas de cana-de-açúcar. Entre as melhorias tecnológicas aplicadas no campo, Rodrigo destaca a sistematização do plantio, um bom manejo de pragas, aplicação equilibrada de produtos químicos e biológicos e foco na qualidade da colheita como fatores essenciais para o aumento da quantidade de cana-de-açúcar produzida. Mais produção, mais empregos Além do recorde na produtividade, a alta produção de cana-de-açúcar em Minas Gerais multiplicou empregos no setor. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o cultivo mineiro de cana em 2023 representou crescimento de 20% na geração de empregos no setor em comparação com 2022, totalizando a abertura de 540 vagas com carteira assinada. Segundo Caio César Coimbra, subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o aumento da quantidade de produto no mercado gera também a necessidade de mais pessoas trabalhando em toda a linha de produção. “A colheita da cana é majoritariamente mecanizada. Mas vai haver mais trabalhadores em toda a cadeia de processamento. Com a cana se faz etanol, açúcar ou se gera energia. Então, com mais produto no mercado, mais pessoas trabalham na produção, no geral. E para o consumidor final é muito bom também, já que, com maior quantidade de produto disponível, o preço cai. É a lei da oferta e da demanda”, explica. De acordo com ele, os municípios mineiros produtores de cana são os principais beneficiados, com melhoria em várias esferas. “Com mais dinheiro na economia da cidade, há mais coleta de impostos, e isso acarreta melhorias na educação, na saúde, no transporte etc. Gera um índice de desenvolvimento humano maior

Minas festeja supersafra de cana e mira recorde
Setor Sucroalcooleiro Minas festeja supersafra de cana e mira recorde Produtividade atingiu média de 84.829 quilos por hectare, um salto expressivo em comparação aos 78.786 quilos/hectare atingidos na safra de 2022/2023 Publicado em: 28/03/2024 às 16:4 >>>

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