Pesquisa brasileira leva pioneirismo, empreendedorismo e inovações para as cadeias nacionais de milho e sorgo

Pesquisas Pesquisa brasileira leva pioneirismo, empreendedorismo e inovações para as cadeias nacionais de milho e sorgo Nas últimas décadas, a agropecuária brasileira modernizou-se, ganhando novas funções e tornando-se mais complexa Publicado em: 02/04/2024 às 10:00hs Ao seu tradicional papel de produção de alimentos, fibras e energia, novos conceitos foram incorporados, levando-se em conta a sustentabilidade dos negócios agrícolas, principalmente nos aspectos ligados à segurança alimentar e nutricional, à agregação de valor, à qualidade de vida das pessoas e à preocupação com o meio ambiente. Nesse período, a agropecuária tornou-se, também, uma das principais forças motrizes para a produção, a transformação e a ampliação das opções de consumo que impulsionam o mercado brasileiro – notadamente urbano – nos dias atuais. “Ao longo das últimas cinco décadas, a produção brasileira de grãos saltou de 38 milhões de toneladas, em 1975, para cerca de 310 milhões de toneladas, em 2023, o que representa um aumento de quase oito vezes em produção de grãos, com um acréscimo de apenas duas vezes na área plantada. “Esse evidente “efeito poupa-terra” somente foi possível a partir dos incrementos em produtividade, resultantes, principalmente, dos investimentos em pesquisa e inovação para a modernização da agricultura brasileira”, relata a chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Milho e Sorgo, Maria Marta Pastina. A Embrapa Milho e Sorgo, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), acompanhou e participou ativamente de todo esse processo de modernização, entregando resultados inovadores de pesquisa, produtos e serviços que contribuíram para o crescimento sustentável das cadeias produtivas de milho, sorgo e milheto no Brasil. “Pesquisa é futuro”, comenta o chefe-geral Frederico Ozanan Machado Durães. “A percepção dos desafios a serem enfrentados na construção do conhecimento, a qualificação e o posicionamento cooperativo, para impactos nos sistemas intensificados e arranjos, técnico-científicos, institucionais e produtivos, da agropecuária tropical não são tarefas triviais para gestores, cientistas e apoiadores da ciência e de sua aplicação”, complementa Durães.  Ele enfatiza que “compreender, formular e implementar estratégia de ação para o desenvolvimento da agricultura são processos evolutivos na trajetória, no esforço corrente e na perspectiva futura de uma empresa de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), como é o caso da Embrapa e de sua rede de Unidades Descentralizadas de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) e de negócios de base tecnológica, como a Embrapa Milho e Sorgo”. “A Unidade é responsável pela manutenção e exploração racional das espécies de milho, de sorgo e de milheto, e de coleções multifuncionais de microrganismos úteis para o manejo eficiente de características na matriz insumo-produto de qualidade, focando em sistemas intensificados de produção, produtividade e sustentabilidade, notadamente de grãos, proteína animal e áreas afins”, pontua Durães. Inaugurada em 1976, em Sete Lagoas, MG, a Embrapa Milho e Sorgo deu continuidade a uma história em pesquisa agropecuária realizadas desde 1907 por instituições públicas naquela região. Segundo a filosofia estabelecida na época de sua implantação, o então Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo coordenaria e executaria pesquisas para o aumento da produtividade, a redução dos custos de produção e a expansão da fronteira agrícola com a incorporação de áreas até então subaproveitadas. Desde o início, a Embrapa Milho e Sorgo deu ênfase ao desenvolvimento de cultivares mais produtivas e ao melhoramento de híbridos adaptados aos solos ácidos do Cerrado – a nova fronteira agrícola a ser conquistada. A Unidade desenvolveu também sistemas de produção mais lucrativos e apropriados para nossas regiões, com indicação de cultivares, regulagem de máquinas e recomendações para o uso correto de fertilizantes e agroquímicos. Assim, pretendia-se a redução das perdas na colheita e o adequado armazenamento dos grãos. Era um “pacote tecnológico”, visando o aumento imediato na disponibilidade de alimentos. O jornalista José Heitor Vasconcellos conta que a implantação de Bancos Ativos de Germoplasma (BAG) de Milho, de Sorgo e de Milheto também foi fundamental para a obtenção contínua das cultivares desenvolvidas pela Unidade. Neles são conservados materiais genéticos de diversas partes do mundo e de coletas estratégicas realizadas nas regiões brasileiras. “Nas décadas de 1970 e 1980, a Embrapa Milho e Sorgo introduziu e melhorou diversas populações de milho tropical, que resultou no desenvolvimento de cultivares com características adequadas para a expansão da cultura para o Cerrado, um bioma antes considerado improdutivo. Essas novas plantas também apresentavam ciclo mais precoce, propiciando maiores produtividades com menor risco em plantios da segunda safra e “escape” da seca em regiões semiáridas”, diz V

Abril 2, 2024 - 10:31
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