Soja e milho começam o dia estáveis em Chicago

Preços do trigo abrem a sessão desta terça-feira em queda Com a conclusão da safra na América do Sul e ainda sem o início da temporada nos EUA, os contratos de soja e milho operam de forma estável, em Chicago. Agora, os lotes da oleaginosa para maio sobem 0,15%, a US$ 11,8625 o bushel, enquanto os de milho recuam 0,12%, a US$ 4,355 o bushel. +Veja mais cotações de commodities agrícolas na ferramenta da Globo Rural Sem novidades nos fundamentos, Ênio Fernandes, da Terra Agronegócio, diz que o dólar tem influenciado os preços. “A soja brasileira é a mais competitiva do mundo e o dólar forte torna ela ainda mais vantajosa para os compradores internacionais, refletindo em baixa procura pelo grão americano”, destaca o analista. No fechamento de ontem, o dólar foi negociado a R$ 5,05, o maior valor desde outubro. Agora, está a R$ 5,045. As projeções de oferta, por enquanto, são outro ponto a favor da queda de preços da soja em Chicago. Fernandes lembra que em meio a uma expectativa de que os EUA produzam 121,5 milhões de toneladas em 2024/25 e ainda com a entrada da soja argentina no mercado, a commodity negociada a US$ 12 o bushel é cara. “Podemos ver a soja ficar entre US$ 11 ou US$ 10,90 o bushel tão logo a safra sul-americana ganhe espaço entre os compradores”, projeta. Milho Sobre o milho, a expectativa de queda na área de plantio nos EUA em 5% deixa o mercado um pouco mais otimista. “Dentro das estimativas iniciais do USDA, os americanos poderão colher cerca de 370 milhões de toneladas, com estoque de 50 milhões de toneladas”, afirma. Na safra 2023/24, as projeções do órgão americano indicam uma safra no país de 389,69 milhões de toneladas, com estoques finais previstos em 55,17 milhões. Fernandes lembra, no entanto, que as projeções, e consequentemente a tendência de preços, estão condicionadas a um comportamento ideal do clima em solo americanos. Trigo Ainda em Chicago, os preços do trigo recuam agora 0,54%, a US$ 5,5450 o bushel. As perspectivas favoráveis com as exportações de trigo da Rússia voltaram a dominar as atenções dos investidores na bolsa, assim como a manutenção de uma demanda fraca pelo cereal dos EUA.