Piscicultura do Paraná tem potencial para crescer 15% ao ano

Mercado promissor deve incentivar a entrada de novos players no segmento Em 2023, enquanto o Brasil ampliou em 3,1% a produção de peixes de cultivo, o Paraná cresceu 9,9%, apesar de uma série de intempéries climáticas. Agora, a expectativa é que, no curto prazo, o incremento paranaense atinja 15% ao ano. Leia também Produção de peixes cresceu menos que o esperado em 2023 no Brasil Lambari vira ‘barriga de aluguel’ para impedir extinção da piracanjuba Como criar cascudo, opção de peixe ornamental As projeções foram divulgadas nesta terça-feira (9/4), durante o Seminário Estadual de Aquicultura, realizado na 62ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina (ExpoLondrina), evento realizado entre 5 e 14 de abril e promovido pela Sociedade Rural do Paraná (SRP). O produtor Ricardo Neukirchner, diretor de Aquicultura da SRP, observa que há um mercado potencial a ser explorado, e que deve, inclusive, promover a entrada de novos players no segmento. “Hoje, 50% do peixe consumido no Brasil é oriundo do cultivo. Em alguns anos, o consumo de peixe de cultivo deve chegar a 3/4 do total. Considerando que cresce também o consumo per capita de peixe por ano, estamos falando de um aumento de demanda notável a ser absorvido pelos produtores e pelas cooperativas”, afirma. Segundo a Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), em 2014, cada brasileiro consumia anualmente 3 quilos de peixes de cultivo. Em 2023, esse número subiu para 4,35 quilos. Em águas paranaenses, o protagonismo é da tilápia, que já representa 65,3% da produção total de peixes no Brasil - foram produzidas 579.080 toneladas da espécie em 2023, de acordo com a Peixe BR. Para Ricardo Neukirchner, diretor de Aquicultura da SRP, há um mercado potencial a ser explorado na piscicultura Sérgio Ranalli Neukirchner avalia que, diante dessa representatividade, a espécie vem sendo estudada e em breve estará no mercado com aprimoramento genético. “Trata-se de uma ação pioneira, realizada por empresas privadas, que busca diminuir o período de cultivo, além de torná-las mais resistentes a doenças”, relata. Nos últimos dez anos, a produção de tilápia no Brasil saltou de 285 mil toneladas para 579 mil toneladas. O aumento foi de 103%. “É a proteína animal de maior crescimento no país no período. A partir da liberação de cultivo em mais estados, a tilápia tem no Brasil o ambiente ideal para alcançar alta produtividade”, complementa o produtor. O Paraná lidera o cultivo de tilápia no país, com 209.500 toneladas, segundo a Peixe BR. A produção no Estado cresceu 11,5% em relação a 2022 (187.800 toneladas). Em seguida vem São Paulo, com 75.700 toneladas, mas queda de 2% no volume. Entre os cinco maiores Estados produtores, destaque para Minas Gerais (58.200 toneladas), que teve aumento de 12,6%, com 58.200 toneladas. O Brasil é o quarto maior produtor mundial de tilápia, atrás de China, Indonésia e Egito. Aquário é atração na ExpoLondrina No espaço dedicado à piscicultura na feira de Londrina, dois grandes aquários chamam a atenção do público visitante. Estão reunidos no local 14 espécies de peixes, entre nativos e de cultivo. O maior tanque chega a 18 mil litros de água. Divididos entre os dois espaços, estão peixes como pirarucu, lambari, tucunaré, tilápia, arraia e tartaruga de barbicha. A estrutura é permanente e pode ser visitada ao longo de todo o ano no Parque de Exposições Governador Ney Braga, que é sede do evento.

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