Soja fecha em alta em Chicago pela terceira sessão seguida

Sequência de valorizações começou na sexta-feira, com dados indicando boa demanda pela oleaginosa americana A soja fechou em alta pela terceira sessão consecutiva na bolsa de Chicago nesta terça-feira (23/1). Os lotes que vencem em março subiram 1,25%, cotados a US$ 12,395 o bushel. Saiba-mais taboola Na avaliação de Ale Delara, sócio da Pine Agronegócios, grande parte da valorização da soja está atrelada à movimentação de fundos especulativos, que atuam na compra de papéis quando os valores se aproximam dos US$ 12 o bushel. Ele lembra, também, que os valores da oleaginosa ganharam fôlego desde a última sexta-feira, quando exportadores americanos reportaram ao Departamento de Agricultura do país (USDA) a venda de quase 300 mil toneladas de soja à China, o maior volume em um mês. Mas essa divulgação pontual de demanda perde força diante dos números do governo chinês sobre o consumo. “No geral, as notícias de demanda chinesa ainda são negativas. Os estoques de farelo de soja no país cresceram 100% no ano passado, enquanto as reservas da oleaginosa tiveram aumento de 65% em relação a 2022”, comenta Delara. “Se o principal comprador [de soja] não estiver presente no mercado, o balanço entre oferta e demanda fica equilibrado e não há forças para preços subirem”, acrescenta. Os relatos de rendimento da colheita no Brasil melhoraram em comparação com semanas anteriores, e isso também diminuiu o ímpeto de alta em Chicago. “A produtividade tem se mostrado melhor que as primeiras áreas colhidas em Mato Grosso, devido à ocorrência de chuvas no final de dezembro e início deste mês. Assim, o mercado já sabe que o Brasil terá uma quebra na safra, mas não será um desastre completo”, destaca. Milho O milho segue com oscilações mínimas na bolsa de Chicago, já que os fundamentos de oferta imperam sobre a formação de preço no mercado internacional. Os contratos para março subiram 0,17%, para US$ 4,4650 o bushel. “O preço do milho não conseguir subir muito mais, já que se depara com uma oferta muito grande dos EUA, de quase 390 milhões de toneladas. Esse cenário, somado com uma safra recorde no Brasil em 2022/23, e da Argentina que será disponibilizada nesta safra, deixa os estoques globais em patamares bem altos”, avalia Ale Delara, da Pine Agronegócios. Ainda segundo ele, a valorização do milho é esperada a partir de confirmações para a área que será semeada no Brasil e também nos EUA. “Os americanos muito provavelmente vão priorizar o plantio de soja em detrimento do milho neste ano, já que a oleaginosa está dando menos prejuízo. No Brasil, o mercado ainda está em dúvida sobre qual será o tamanho da redução de área da safrinha, com números que variam entre 5% a 15%”, afirma o analista. Trigo Os preços do trigo terminaram a sessão desta terça-feira no “zero a zero” na bolsa de Chicago. Os contratos que vencem em março fecharam estáveis, a US$ 5,9650 o bushel. As altas dos últimos dias foram impulsionadas por indicações de demanda maior pelo cereal dos Estados Unidos. No entanto, os agentes de mercado estão atentos também às condições de oferta em outras áreas produtoras, como a Europa. Segundo a Hedgepoint Global Markets, a colheita no bloco terá redução de 2 milhões de toneladas na temporada 2024/25. “Como resultado, o trigo europeu, que vem enfrentando desafios de competição com o trigo russo nas safras recentes, tende a manter sua posição menos vantajosa no período”, diz a Hedgepoint, em relatório.

Janeiro 23, 2024 - 17:47
Soja fecha em alta em Chicago pela terceira sessão seguida
Sequência de valorizações começou na sexta-feira, com dados indicando boa demanda pela oleaginosa americana A soja fechou em alta pela terceira sessão consecutiva na bolsa de Chicago nesta terça-feira (23/1). Os lotes que vencem em março subiram 1,25 >>>

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