Paraná anuncia cobrança de ICMS para importação de leite em pó e mussarela

Antes isentos do tributo, agora a alíquota passa a ser de 7% O governo do Paraná publicou ontem decreto que muda a regra para cobrança de ICMS sobre a importação de leite em pó e mussarela do Estado. Antes isentos do tributo, agora a alíquota passa a ser de 7%. Saiba-mais taboola Segundo o governo estadual, o percentual de 7% é o valor mínimo de cobrança do imposto, já que ambos os produtos fazem parte da cesta básica e, por isso, não podem ser taxados na alíquota cheia de 19,5%. Com o decreto, esses dois laticínios também perdem o direito ao benefício do crédito presumido de 4% de ICMS. O crédito presumido é uma ferramenta de incentivo fiscal que permite abater o ICMS de outros créditos. Em comunicado, o governo disse que as medidas foram adotadas para proteger os produtores de leite do Estado diante da concorrência com a importação de ambos os produtos. Segundo o Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que acompanha o comércio de produtos agropecuários, o Paraná importou 6,5 mil toneladas de leite em pó no ano passado a um custo de US$ 24,6 milhões. Do total, 2,8 mil toneladas vieram da Argentina, custando US$ 10,9 milhões, o mesmo volume do Uruguai, por US$ 10,8 milhões, e as outras 800 toneladas tiveram origem no Paraguai, a um custo de US$ 2,8 milhões. O volume representa aumento de 183% em relação às 2,3 mil toneladas importadas em 2022, que custaram US$ 9,2 milhões. De 2021 (682 toneladas) para 2022, o salto já tinha sido bastante considerável (237%), ao custo de US$ 2,3 milhões. Nos dois primeiros meses de 2024 o Paraná importou 250 toneladas pagando US$ 799 mil. “Paga-se caro no mercado, mas o produtor paranaense está com dificuldade, fruto de uma importação nunca vista nos últimos um ano e meio”, ponderou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “O que precisamos neste momento é proteger minimamente os produtores porque queremos transformar esse setor em mais uma cadeia vitoriosa até o final da década”. Os produtores paranaenses receberam em média, em 2021, R$ 2,08 por leite, valor que subiu para R$ 2,58 em 2022. No ano passado o litro caiu para R$ 2,56 e, em 2024, até agora, a média está em R$ 2,19. Comparando-se fevereiro de 2023, quando o litro custava R$ 2,68, com fevereiro deste ano, que ficou em R$ 2,23, a queda é de 16,7%. Em outubro do ano passado, o governo federal publicou um decreto que autoriza as empresas que não importam lácteos de países do Mercosul e participam do programa “Mais Leite Saudável” a aproveitarem até 50% do crédito presumido de PIS e Cofins da compra do leite in natura de produtores brasileiros, mas sem taxar a importação. “Precisamos ter capacidade de reação, sob pena de inviabilizar uma atividade importantíssima, que congrega 60 mil a 70 mil famílias no Paraná”, acrescentou Ortigara. O Paraná é o segundo maior produtor de leite do Brasil. Foram 3.626.378 de litros entregues a laticínios em 2023. Minas Gerais lidera o ranking, com 23,8% da captação nacional. O Paraná, que detém a cidade que mais produz, em Castro, tem 14,8% do mercado. 09/04/2024 19:58:21

Paraná anuncia cobrança de ICMS para importação de leite em pó e mussarela
Antes isentos do tributo, agora a alíquota passa a ser de 7% O governo do Paraná publicou ontem decreto que muda a regra para cobrança de ICMS sobre a importação de leite em pó e mussarela do Estado. Antes isentos do tributo, agora a alíquota passa a >>>

Essa é mais uma manchete indexada e trazida até você pelo site Agromundo.NET