Soja cai e milho avança em Chicago com mercado em compasso de espera

Investidores esperam atualizações sobre as safras de soja e milho de Brasil e Argentina O dia foi de pouca oscilação para os preços dos grãos na bolsa de Chicago, enquanto agentes de mercado esperam as novas projeções sobre a safra que serão divulgadas nesta quinta-feira (11/3) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Sobre os valores da soja na bolsa, os contratos com vencimento em maio caíram 0,83%, para US$ 11,6475 o bushel. +Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural “O mercado está em compasso de espera, aguardando o último relatório sobre oferta e demanda de grãos da safra 2023/24. Poderemos ver um aumento nos estoques finais de soja nos EUA, e uma redução para as reservas globais, já que o USDA deverá cortar suas projeções para a safra brasileira”, comenta Ale Delara, sócio da Pine Agronegócios. Saiba-mais taboola Para ele, o órgão americano deve indicar uma colheita no Brasil de 152 milhões de toneladas. No mês passado, a estimativa oficial apontava 155 milhões. Sobre os estoques americanos de soja ao fim do ciclo 2023/24, a aposta de analistas de mercado é para um volume de 8,68 milhões de toneladas. Na projeção de março, o USDA esperava 8,57 milhões de toneladas. Ainda segundo Delara, sem grandes surpresas com o clima para a safra dos EUA em 2024/25, a soja deve se manter com preços negativos, já que a demanda pelo grão do país ainda é fraca. “A China pode pagar até 30% a mais para comprar a soja americana. Portanto, se houver demanda por parte dos chineses, ela deve mesmo ser atendida pelo Brasil”. Milho O milho terminou a sessão na bolsa de Chicago com preços em alta com investidores tentando se antecipar aos cortes que deverão ser promovidos pelo USDA em seu relatório mensal. Os contratos para maio subiram 0,70%, a US$ 4,3425 o bushel. A aposta dos analistas é de que o órgão americano reduza a estimativa de safra do Brasil em 2023/24 de 124 milhões de toneladas no mês passado, para 122,1 milhões no relatório de amanhã. Outro ajuste é esperado para a produção na Argentina, que deve cair de 56 milhões de toneladas para 55,3 milhões. No quesito estoques finais dos EUA, os números são fatores de alta para o milho. Analistas preveem reservas de 53,47 milhões de toneladas, menor que as 55,17 milhões da última estimativa. A pressão de alta, no entanto, é limitada pelas boas condições observadas no início do plantio americano da temporada 2024/25, destaca Ale Delara. De acordo com ele, o mercado climático pode atuar com mais força sobre a formação após as atualizações de safra do USDA. Trigo O preço do trigo também subiu em Chicago, mas de forma contida. Os contratos que vencem em maio avançaram 0,13%, negociados a US$ 5,5850 o bushel. O cereal se valorizou após notícias de clima adverso para regiões produtoras no Estado americano do Kansas, onde a falta de chuvas pode prejudicar o desenvolvimento das lavouras de inverno no país, conforme explica a consultoria Granar, em relatório. Ainda de acordo com a consultoria, contribuíram para os aumentos de preços os novos ataques russos à Ucrânia e ainda o confronto do Kremlin com empresas privadas relacionadas com o setor agrícola. A alta no trigo, no entanto, é limitada, já que o USDA pode indicar um aumento nos estoques finais dos EUA. De acordo com analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, os estoques de trigo ao fim do ciclo 2023/24 deverão atingir 18,64 milhões de toneladas, em comparação com 18,32 milhões divulgadas em março, e 15,50 milhões do ciclo passado.

Abril 10, 2024 - 16:31
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