Demanda pela carne favorece ovinocultura no Paraná

Movimento é percebido entre criadores de rebanhos comerciais e de animais voltados ao melhoramento genético A demanda crescente pela carne de cordeiro vem favorecendo o movimento de organização da ovinocultura no Paraná. O Estado não está entre os maiores produtores do país, segundo dados do IBGE, mas o cenário indica uma maior qualificação da cadeia e um interessante potencial para crescimento. Leia também ExpoLondrina: veja os carros com descontos para o produtor rural Piscicultura do Paraná tem potencial para crescer 15% ao ano Esse horizonte é percebido especialmente nos últimos quatro anos, analisa o presidente da Associação Paranaense dos Criadores de Ovinos (Ovinopar), Jorge Szczypior. Segundo ele, a tendência é presente entre os proprietários de rebanhos comerciais e também entre os produtores de genética. “A procura por animais para melhoramento cresce na medida em que é preciso ampliar a oferta de animais para o abate”, constata. A indústria, acrescenta Szczypior, também acompanha esse crescimento e vem ajudando na redução do número de abates informais, um dos principais gargalos da ovinocultura brasileira. “Temos quatro plantas em diferentes regiões do Estado, com previsão de mais uma unidade que deve iniciar as operações nos próximos meses. E isso é resultado de uma procura maior pela carne" , completa. Jorge Szczypior, presidente da Associação Paranaense dos Criadores de Ovinos Sergio Ranalli O presidente da Ovinopar, que é criador da raça Texel, estima que entre 80% e 90% dos cortes produzidos pelas indústrias locais permaneçam no Paraná. Fora do Estado, São Paulo é o principal mercado. “Nos últimos anos, o consumidor passou a valorizar mais a carne de cordeiro. Animais abatidos aos quatro ou cinco anos produzem cortes com grande suculência e sabor suave”, diz. Cooperação Iniciativas promovidas por cooperativas, como a Castrolanda e a Coopavel, também favorecem a organização da atividade por meio da centralização e integração das operações. Em conjunto e com maiores volumes, criadores conseguem melhorar o escoamento da produção e, consequentemente, o retorno financeiro. “A ovinocultura é interessante para diversificar a renda da propriedade com a mão de obra familiar. No entanto, o produtor precisa ter escala e, ao mesmo tempo, ter a certeza de que a carne será colocada no mercado”, observa Szczypior. Em março, segundo o Cepea, o quilo vivo do cordeiro no Paraná ficou em R$ 11,98, variação positiva de 5,74% em comparação com o mês anterior. Saiba-mais taboola Ovinos na ExpoLondrina A 62ª ExpoLondrina, feira que iniciou dia 5 e encerra neste domingo (14/4), deu sinais da tendência de crescimento da ovinocultura no Paraná. Na edição do ano passado, foram inscritos 420 animais da espécie, enquanto nesse ano foram pouco mais de 600. A maior parte – 580 – participa dos julgamentos específicos de cada raça e realizados pela Ovinopar com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco). De acordo com números do IBGE (2022), o Brasil tem um rebanho de 21,5 milhões de cabeças de ovinos. O plantel paranaense é estimado em cerca de 550 mil animais. Entre as principais raças produzidas no Estado estão texel, dorper, santa inês e ile de france. Mais de 600 animais foram inscritos na exposição realizada em Londrina (PR) Sergio Ranalli

Abril 12, 2024 - 07:30
Demanda pela carne favorece ovinocultura no Paraná
Movimento é percebido entre criadores de rebanhos comerciais e de animais voltados ao melhoramento genético A demanda crescente pela carne de cordeiro vem favorecendo o movimento de organização da ovinocultura no Paraná. O Estado não está entre os ma >>>

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