Três brasileiras participam de encontro de lideranças rurais na Costa Rica
Evento promove o diálogo e o intercâmbio de experiências entre diversas regiões da América Latina A cacique paraense Katia Silene Tonrike, a criadora de ovelhas do Piauí Francisca Neri e a horticultora do cinturão verde da região metropolitana de São Paulo Simone Silotti estão entre as 41 pessoas da América Latina e Caribe que vão participar do 1º Encontro de Lideranças Rurais promovido pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), em São José, na Costa Rica, entre os dias 16 e 20 de abril. Saiba-mais taboola O objetivo é promover o diálogo e o intercâmbio de experiências entre líderes provenientes de diversas regiões do continente para fortalecer a transformação da agricultura e dos territórios rurais das Américas. Kátia Silene Tonkyre, cacique da aldeia Akratikatejé, é reconhecida por suas iniciativas de organização e seu empenho em produzir, colher e empreender ao mesmo tempo em que educa e desperta a conscientização sobre a importância da conservação e da proteção do meio ambiente na Amazônia. Em janeiro deste ano, Kátia, de 54 anos, se tornou a primeira mulher cacique a receber do IICA o Prêmio Alma da Ruralidade. Ela lidera uma das 27 aldeias que abriga a reserva onde vivem 85 indígenas de 23 famílias da etnia Gavião da Montanha, que se dedica principalmente à produção, colheita e à venda de castanhas, de pescado, de mel e de frutas. Com apenas 22 anos, Francisca Neri foi presidente da Associação de Criadores de Ovinos e Caprinos em Betânia, no Piauí, e inspirou outros jovens a se interessarem pela atividade. Filha de produtores rurais, hoje com 27 anos, ela é secretária de Agricultura de Betânia e promove atividades de aprendizagem, associativismo e cooperativismo para melhorar a qualidade de vida dos pequenos produtores. Simone Silotti, produtora de hortaliças por hidroponia no distrito rural de Quatinga, em Mogi das Cruzes (SP), criou durante a pandemia o projeto Faça um Bem Incrível, fazendo a ponte entre produtores de alimentos agrícolas e instituições que colaboram com grupos e pessoas vulneráveis. Ela resgatou mais de 200 toneladas de hortaliças e frutas para distribuir em 13 municípios, ajudando mais de 100 produtores e mais de 100 ONGs e cozinhas solidárias. Quatro anos depois, alcançou a marca de 420 toneladas de alimentos doados para 350 mil famílias, evitando o desperdício.
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