Grãos operam com pouca variação em Chicago

Contratos de soja e milho apresentam leve recuo, enquanto os de trigo sobem Novamente, os papéis de soja e milho operam com pouca variação na bolsa de Chicago, enquanto os investidores acompanham as notícias macroeconômicas e políticas. Os contratos futuros da oleaginosa para maio recuam 0,02% agora, a US$ 11,4475 o bushel e os de milho de mesma data, 0,23%, a US$ 4,32 o bushel. +Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural O câmbio tem impactado fortemente as cotações na bolsa. A moeda americana em alta estimula as exportações do Brasil, ao passo que torna menos atrativa as compras do produto que sai dos EUA. O dólar fechou ontem a R$ 5,2697, renovando máximas observadas desde março de 2023. Nesta manhã, opera próximo de R$ 5,29. Saiba-mais taboola Nos fundamentos, o início do plantio de soja nos EUA favorece o recuo nas cotações, de acordo com Luiz Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica,. Ontem, o Departamento de Agricultura americano (USDA) informou que a semeadura no país atingiu 3% da área esperada para o ciclo 2024/25, de 35 milhões de hectares. Na mesma época do ano passado, a semeadura também atingia 3%, enquanto a média dos últimos cinco anos é de 1%. “O mercado entende que o início dos trabalhos por lá representa um aumento da oferta, provocando uma queda nos preços”, comenta Pacheco. Por fim, ele lembra que com a colheita de soja 2023/24 no Brasil próxima do fim, os agentes têm outro elemento a favor do das cotações na bolsa “O país enfrentou alguns problemas no plantio e até atrasos da colheita, mas ainda assim terá uma boa safra nesta temporada”. Nos cálculos da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a colheita brasileira deverá ser de 153,8 milhões de toneladas, número considerado elevado por alguns agentes de mercado, uma vez que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê uma produção de 146,5 milhões de toneladas. Milho No caso do milho, o plantio nos EUA chegou a 6% da área até o último domingo. Na mesma época do ano passado, a semeadura atingia 7%, enquanto a média plurianual é de 5%. O otimismo com a safra aumentou após os relatos de chuva em grandes produtores de milho dos EUA, como Iowa e Minnesota, destaca Pacheco. Trigo Ainda em Chicago, o trigo também sobe 0,77%, para US$ 5,54 o bushel. Pacheco diz que o quadro climático está favorável para o cultivo do cereal nos EUA, mas apesar disso a condição das lavouras piorou. Das áreas de trigo de inverno plantadas nos EUA, 55% estão em boas ou excelentes condições, um ponto percentual abaixo de uma semana atrás. Já no Kansas, principal Estado produtor americano, o índice de lavouras em boas condições caiu de 49% para 43%.