Café arábica sobe quase 5% em Nova York com crise na oferta de robusta

Preços da variedade robusta estão em alta diante de problemas com a safra no Vietnã O café seguiu em tendência de alta na bolsa de Nova York e fechou em alta pela sétima sessão consecutiva, ainda respondendo à valorização do robusta. Os lotes do arábica para maio subiram 4,73%, a US$ 2,4795 a libra-peso. Já na bolsa de Londres, o robusta avançou 5,57%, com o preço de US$ 4.228 a tonelada. +Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural “O mercado em Nova York vem majoritariamente impactado pelo pessimismo com a safra do robusta. No Vietnã [maior produtor de robusta do mundo] as chuvas ficaram muito abaixo da média nos últimos dois meses, enquanto as temperaturas subiram. Com esse cenário já há relatos de problemas na florada, que devem trazer impactos para a safra que será colhida a partir de novembro”, observa Leonardo Rossetti, analista de inteligência mercado da StoneX. Saiba-mais taboola Ele cita ainda dados de associações de produtores do Vietnã, que apontam redução de 20% na produção e exportações do país neste ano. “A safra 2023/24 já veio abaixo do esperado, e a preocupação com a próxima colheita se soma com a escassez de café no Vietnã. Quando se trata do maior produtor do mundo, uma queda de 20% na oferta tem um peso importante para o balanço mundial”, analisa Rossetti. Em relação à safra de arábica no Brasil, onde as baixas temperaturas vêm sendo uma preocupação para áreas produtoras do Sudeste, o analista diz que o risco de geadas é baixo no momento. Ainda assim, a chegada do frio sempre traz apreensão e pode gerar reflexos para as cotações em Nova York, segundo ele. Cacau Após uma baixa de quase 7% na véspera, o cacau voltou a subir na bolsa de Nova York. Os contratos para maio fecharam em alta de 0,95%, com o preço de US$ 10.340 a tonelada. Os problemas de oferta somam-se ao quadro climático adverso na Costa do Marfim, o país que mais produz cacau no mundo. “As temperaturas máximas estão acima da média, e isso é um fator crítico para a safra intermediária na Costa do Marfim”, comenta Leonardo Rossetti, da StoneX. Os agentes agora estão na expectativa pelos dados de moagens do primeiro trimestre em regiões consumidores como América do Norte e Europa, que deverão ser divulgados nesta quinta-feira (18/4). Rossetti lembra que há um consenso entre analistas de que os números serão negativos, com variação entre 2% a 5%. “A queda nas moagens nesses percentuais já está precificada e não deve mudar a dinâmica de preços do cacau. Talvez um recuo na casa dos dois dígitos pode provocar uma correção maior, já que pelo lado da oferta não há nenhum alívio”, destaca. Algodão No mercado do algodão, os contratos com entrega para maio fecharam em queda de 2,13%, cotados a 79,56 centavos de dólar por libra-peso. Açúcar Já os lotes do açúcar demerara para maio, por sua vez, caíram 1,58% na bolsa, a 19,32 centavos de dólar por libra-peso. Suco de laranja Por fim, nos negócios do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês), os contratos para maio recuaram 0,33%, a US$ 3,6285 a libra-peso.

Abril 17, 2024 - 17:00
Café arábica sobe quase 5% em Nova York com crise na oferta de robusta
Preços da variedade robusta estão em alta diante de problemas com a safra no Vietnã O café seguiu em tendência de alta na bolsa de Nova York e fechou em alta pela sétima sessão consecutiva, ainda respondendo à valorização do robusta. Os lotes do aráb >>>

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