Egito se consolida como principal fornecedor de laranja do Brasil

Das 27 mil toneladas que o Brasil importou no ano passado, 11,8 mil saíram do Egito Embora seja o maior exportador de suco de laranja do mundo, o Brasil importa parte do volume de fruta in natura que consome. Das 27 mil toneladas que importou no ano passado, 11,8 mil saíram do Egito, o principal fornecedor do país. Saiba-mais taboola E o interesse do Brasil pela fruta egípcia segue crescente. De janeiro a março deste ano, o Brasil importou 12 mil toneladas de laranja do Egito, volume superior ao de todo o ano passado. Nesta semana, durante a Fruit Attraction, a maior feira do mundo dedicada a negócios ligados à fruticultura, em São Paulo, as empresas Sadat Agro Fruit e Orange for Agricultural Crops fecharam seus primeiros acordos para exportar a fruta ao Brasil. “Nós já concluímos algumas negociações. Cada comprador solicitou de três a quatro contêineres por semana”, disse à reportagem o diretor-presidente da Sadat, Haitham El Saadany — um contêiner recebe até 22 toneladas da fruta. A poucos metros do espaço da Sadat na feira, o movimento era intenso na concorrente Orange for Agricultural Crops, que afirma exportar 40 mil toneladas de laranja para diferentes destinos todos os anos. “Há muitas pessoas interessadas na produção egípcia, em especial de citros. Alguns deles me disseram que precisam de laranjas e tangerinas porque quando a temporada termina no Brasil, nós ainda temos produção”, disse Tarek Salam, um dos diretores da companhia. Em dois dias, a empresa fechou negócio para o embarque de 25 contêineres da fruta. O Brasil importa a laranja do Egito desde 2019, quando ocorreu a aprovação dos protocolos fitossanitários entre os dois países. Os egípcios têm um acordo de livre comércio com o Mercosul desde 2017, e, assim, não pagam os 10% de imposto de importação que se cobra dos exportadores europeus. De acordo com Enrique Garcia, diretor-presidente da SameLog, empresa que atua na logística internacional de frutas no Brasil desde 2008, o acordo assegurou vantagens competitivas ao Egito em relação à Espanha, principal fornecedor de laranja de mesa ao Brasil até 2022. Desde então, os egípcios são líderes no fornecimento. Hoje, eles respondem por 44% do volume de laranja que o Brasil importa. A depender da taxa de câmbio, a laranja dos egípcios chega a ser até 60% mais barata que a nacional — e tem ainda a vantagem de chegar ao Brasil nos meses da entressafra local.

Abril 19, 2024 - 05:15
Egito se consolida como principal fornecedor de laranja do Brasil
Das 27 mil toneladas que o Brasil importou no ano passado, 11,8 mil saíram do Egito Embora seja o maior exportador de suco de laranja do mundo, o Brasil importa parte do volume de fruta in natura que consome. Das 27 mil toneladas que importou no ano >>>

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