Plantas nativas poderão ser contadas digitalmente com tecnologia inédita

Embrapa desenvolveu software para identificar e contar palmeiras de macaúba e babaçu Macaúba e babaçu são espécies de palmeiras nativas com frutos que podem ter diferentes finalidades e gerar renda, desde que sejam identificadas. A partir desta necessidade de mapeamento, pesquisadores da Embrapa Agroenergia, com sede em Brasília, desenvolveram um sistema digital que utiliza um modelo computacional que identifica e conta as plantas. Saiba-mais taboola O software denominado MacView é capaz de diferenciar as duas palmeiras, utilizando imagens de drones e, em seguida, geram um relatório com o número total das populações das nativas. Ambas podem ser matéria-prima para óleos vegetais e biomassa para cadeia de biocombustíveis, alimentícia e cosmética. “A ideia nasceu da necessidade de apoiar comunidades extrativistas na região do Cariri. No entanto, o conceito mostrou-se viável também para outras áreas do País e evoluímos para um produto que pode atender gratuitamente toda a sociedade”, afirma a pesquisadora Simone Favaro, líder do projeto no Embrapa. "Dados de disponibilidade dessas biomassas são fundamentais para estabelecer planos de manejo e exploração econômica em regiões onde essas palmeiras ocorrem de forma abundante", informou a entidade em comunicado divulgado nesta terça-feira (23/04). O lançamento da ferramenta acontecerá na quinta-feira, dia 25 de abril. Tecnologia de três partes A tecnologia é formada de três partes. Uma delas é o portal com informações sobre o projeto e a solução desenvolvida. A segunda é um sistema especialista, com interface amigável, para reconhecimento das palmeiras e a terceira é um servidor com um software especialista baseado em inteligência artificial para detecção de palmeiras. A ferramenta poderá ser utilizada por produtores rurais, empresas prestadoras de serviços de inventário por meio de drones, agentes públicos e pesquisadores. No momento, ele está disponível em versão "beta", isto é, em teste a partir da fase de prototipação. O acesso público antecipado, segundo a Embrapa, é uma forma de colher resultados e verificar possíveis falhas. “O ativo é inovador e vai sanar uma das dores dos empresários que pretendem explorar comercialmente macaúba e babaçu de ocorrência natural: a quantificação das palmeiras para estimar o potencial produtivo das biomassas em propriedades de pequeno a grande porte”, explica a chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroenergia Patrícia Verardi Abdelnur. Como usar Como uma interface web, o usuário pode registrar sua conta de identificação, cadastrar a área de interesse e fazer “upload” das imagens georreferenciadas de sua área de estudo. O sistema de inteligência artificial é acionado para fazer a inferência das palmeiras em cada imagem. Ao final, o usuário é notificado para receber um relatório com os dados de cada planta localizada, como a espécie, a posição da caixa delimitadora da palmeira e a latitude/longitude de cada palmeira. O desenvolvimento da tecnologia faz parte de um projeto para fortalecimento da cadeia de produção da macaúba no Nordeste, que recebeu aporte do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), sendo executado em parceria com a Embrapa Algodão (PB) e a Embrapa Meio-Norte (PI).

Abril 23, 2024 - 11:46
Plantas nativas poderão ser contadas digitalmente com tecnologia inédita
Embrapa desenvolveu software para identificar e contar palmeiras de macaúba e babaçu Macaúba e babaçu são espécies de palmeiras nativas com frutos que podem ter diferentes finalidades e gerar renda, desde que sejam identificadas. A partir desta neces >>>

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