Setor de rações registra crescimento em 2023 e perspectiva positiva para 2024
O setor brasileiro de rações e suplementos minerais fechou 2023 com um leve crescimento de 1%, atingindo uma produção total de 82,9 milhões de toneladas, uma elevação de 1,2% em comparação com 2022. Esse resultado foi impulsionado pelo menor custo dos grãos para a alimentação animal, o que gerou um alívio significativo para a indústria. Para 2024, a expectativa é de que haja milho e farelo de soja suficientes para abastecer o mercado interno e atender às exportações. O Sindirações, sindicato que representa a indústria de rações, divulgou dados detalhados sobre os resultados de 2023 e as projeções para 2024, mostrando as tendências de cada segmento do setor. Destaques por Segmento Em 2023, a produção de rações para suínos atingiu 20,8 milhões de toneladas, um aumento de 1,2%, enquanto as rações para frangos de corte chegaram a 36,5 milhões de toneladas, com um crescimento de 2,1%. A produção de rações para poedeiras manteve-se estável em 6,9 milhões de toneladas. As previsões para 2024 indicam um crescimento de 1%, 3,5% e 1%, respectivamente. Na suinocultura, há expectativas de um recorde nas exportações, que podem aumentar em 5,7% em relação a 2023, com o Brasil possivelmente ultrapassando o Canadá no ranking global de fornecedores, apesar do declínio gradual das importações de carne suína pela China, o maior cliente do Brasil. Na avicultura de corte, a previsão é manter um bom desempenho tanto no mercado interno quanto no externo, com uma estimativa de crescimento de 3% nas exportações em 2024. Já a produção de ovos deve aumentar 6%, impulsionada pelo crescente interesse dos consumidores por alternativas proteicas mais acessíveis. Em relação à pecuária leiteira, o setor registrou uma queda de 2% em 2023 devido à redução do preço do leite ao produtor e ao aumento das importações. Para 2024, a previsão é de estabilidade, com uma possível recuperação dependendo do preço do leite e de medidas para controlar as importações dos países do Mercosul. Na pecuária de corte, a arroba do boi passou por oscilações significativas em 2023, fechando o ano em R$ 250,00. O setor enfrentou desafios como o caso atípico de "vaca louca", que afetou as exportações para a China, e uma maior taxa de abate de fêmeas. Para 2024, espera-se um início de recuperação com a retomada da oferta de bezerros e a estabilização do ciclo pecuário. A produção de rações para piscicultura e carcinicultura teve um desempenho positivo em 2023, com crescimento de 2,8% e 6,1%, respectivamente. Para 2024, a previsão é de um aumento de 4,6% na demanda por rações para aquicultura em geral. Perspectivas para o Setor O segmento de pet food também apresentou crescimento significativo, com faturamento estimado em R$ 36,8 bilhões em 2023, representando 78% do mercado de produtos para animais de estimação. A produção de alimentos para animais de companhia aumentou 4,3% em 2023, com uma expectativa de superar a marca de 4 milhões de toneladas em 2024. Apesar do crescimento do setor, desafios como a instabilidade econômica e a inflação podem afetar as perspectivas positivas. No entanto, a expectativa é de um crescimento global de 2,4%, chegando a 85 milhões de toneladas em 2024, caso a cadeia produtiva de aves e suínos continue a responder positivamente às exportações e ao fenômeno da humanização dos pets. Fonte: Portal do Agronegócio 24/04/2024
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