Lula promete recursos à Embrapa e Fávaro nega terceirização de cargos de pesquisa

Presidente e ministro da Agricultura discursaram em evento que marcou os 51 anos de fundação da estatal O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (25/4), que é um "absurdo" a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) ter que paralisar atividades por falta de orçamento. Durante discurso na cerimônia de aniversário de 51 anos da estatal, Lula indicou que vai atender pedidos por mais recursos para a empresa, mas não mencionou valores. Leia também Embrapa teve 'lucro social' de R$ 85,12 bilhões em 2023 Embrapa desenvolve máquina que reduz índice de aflatoxina em castanhas Embrapa e Basf lançam cultivar de arroz para retomar a produção em Goiás Ele pediu que a presidente Silvia Massruhá e os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, apresentem as demandas para que o governo possa "atender e fazer jus" à importância da Embrapa. "É uma coisa tão absurda imaginar que um centro de conhecimento como a Embrapa deixa de fazer uma pesquisa porque falta R$ 1 milhão, R$ 2 milhões. Eu diria que é uma irresponsabilidade de todo mundo", afirmou Lula. "Vocês têm que aproveitar, porque eu tenho mais 2 anos e 8 meses de governo e quero que saibam que não é bondade minha não, é reconhecimento do que a Embrapa significa para o país. Cada centavo que a gente coloca na Embrapa retorna milhares de reais para esse país e nos faz ser maior exportador", acrescentou. "Vou assumir um compromisso com você [Silvia Massruhá], Fávaro e Paulo Teixeira. Que vocês se juntassem e fizéssemos uma reunião para discutir quais são as necessidades da Embrapa nesse próximo período para que a gente possa atender e a Embrapa fazer jus à fama que ela tem", completou Lula. "O Haddad falou bonito, mas não falou de dinheiro. O Fávaro puxou o saco dos funcionários e não falou de dinheiro", brincou. Saiba-mais taboola O presidente afirmou que quer incluir representantes da Embrapa nas suas próximas viagens internacionais para divulgar o trabalho de excelência da empresa. Ele citou, por exemplo, a iniciativa adotada na sua primeira gestão, de levar a estatal para a África. "Depois que deixei a presidência, isso foi um pouco desativado. Estou pensando nisso outra vez. Nas próximas reuniões temos que incluir a Embrapa nas minhas viagens internacionais para que a gente possa divulgar o centro de excelência que temos no país", afirmou. "É muito importante chegar em qualquer país do mundo e ter uma empresa da qualidade da Embrapa. Possivelmente, é empresa de maior respeitabilidade do Brasil sem que a gente faça a divulgação que a gente tem que fazer. Temos que utilizar a Embrapa como a coisa mais extraordinária que nossos olhos enxergam quando queremos falar da qualidade do Brasil", disse Lula. "Se a Embrapa é importante, cabe a nós do governo darmos à Embrapa o tamanho que ela merece", concluiu. Sem terceirização O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou, também durante a cerimônia, que não haverá terceirização nos cargos de auxiliar de pesquisa na Embrapa. "Quero tranquilizar nossos colaboradores. Como já foi dito, não se faz ciência só com investimento, se faz com pessoas, investimento na qualificação. Não faremos terceirização para os auxiliares de pesquisa", garantiu. "O serviço público deve se modernizar, ter parcerias público-privadas. A terceirização é importante na gestão, mas tem coisas que não pode se terceirizar. O auxiliar de pesquisa é compromisso da gestão do presidente Lula, que será concursado e dará seguimento a essa carreira tão importante", completou. Saiba-mais taboola O Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf) tem feito uma mobilização contra a possibilidade de terceirização de algumas carreiras. A entidade tenta reverter a decisão da diretoria executiva da estatal que permite a adoção da medida em cargos de assistentes e de secretárias da empresa. Uma das preocupações do sindicato é com o edital do concurso público da Embrapa, que deve ser lançado em breve. Segundo nota recente do Sinpaf, a empresa não contempla a quantidade de assistentes necessária para a continuação da pesquisa agropecuária, o que pode resultar em maior terceirização de funções essenciais. "O Sinpaf é contra a terceirização dentro da Embrapa e defende que a pesquisa agropecuária não pode ficar nas mãos de terceirizados", disse Marcus Vinicius Sidoruk Vidal, presidente do sindicato, em nota divulgada no site da entidade há poucos dias.

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