Canaoeste abre safra, mostra certificação e mira etanol para aviões

Destaques28 de abril de 2024Canaoeste abre safra, mostra certificação e mira etanol para aviões Safra nova chega menor por causa do clima, mas anima com canaviais novos, margens interessantes e novos mercados internacionais para o etanol com aviões e naviosQueda na moagem; preços em alta; impactos climáticos. Do outro lado, safra boa, canaviais renovados e novos negócios internacionais com a onda verde dos combustíveis de empresas aéreas e de transporte marítimo. Esse foi o panorama desenhado por quase uma centena de produtores de cana, profissionais de indústrias fornecedoras e do cooperativismo na abertura da Safra de Cana 2024 -2025 Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Canaoeste), realizada no último dia 26 de abril, em Sertãozinho (SP). “Com aproximadamente 2.050 produtores de cana associados, a Canaoeste entrega em torno de 8 milhões de toneladas de cana às unidades industriais. No geral, são 100 mil hectares e cerca de 3.500 propriedades, indo de Severínia até Descalvado”, informou Almir Torcato, gestor executivo da Associação, dimensionando a representatividade da entidade.A abertura da safra foi conduzida pelo presidente da cooperativa, Fernando dos Reis Filho, que exortou os cooperados a trabalharem bem nesta nova safra porque, mesmo com uma queda prevista no início da lavoura por causa do clima, as perspectivas de colheita, preços e margens são bem interessantes. Outro destaque foi a palestra de Luiz Carlos Corrêa Carvalho, o Presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) e diretor da Canaplan, que analisou os cenários econômicos, políticos e agronômicos no Brasil e no mundo, que irão influenciar a produtividade da cana-de-açúcar. “Vivemos altos e baixos desde 2021. A cana vai sofrer com a seca neste ano, mas pode ter preços até 12% acima da safra anterior. E o açúcar deve render bem e obter preços bem valorizados. Tudo está acontecendo muito rápido no planeta, mas o importante é que a cana está cada vez mais sendo importante para o mundo. Deveremos colher até 611 milhões de toneladas, o que não deixa de ser uma boa safra”, analisou Luiz Carlos. O líder ainda afirmou que os problemas enfrentados pela Cana Brasil são sempre o clima e a ‘caneta do governo’. Mas há boas novidades em todos os lados. “Tivemos um forte replantio nos últimos anos e estamos com níveis baixos. Mas a área aumentou e a colheita deve seguir o mesmo passo. O mundo depende cada vez mais do nosso açúcar. Por outro lado, o etanol sofreu muito nos dois últimos anos com a pressão governamental sobre os preços por motivos políticos, tanto de quem saiu como de quem entrou. Mas, agora, o consumo de combustível recuperou muito. Há uma nova realidade inclusive no universo do petróleo. Os EUA  investiram no xisto e deixaram de ser dependentes do óleo negro do Oriente Médio. Além de tornar-se o maior exportador mundial. E preço bom do petróleo, como os atuais 90 dólares, é bom para os preços das commodities”, pontuou o diretor da Canaplan.Ele encerrou a apresentação recomendando aos produtores de cana que invistam na redução dos custos, no aumento da produtividade, no apoio aos programas de aceleração da transição energética. “Gente, as mudanças não páram. Agora, é a hora do combustível verde para aviões e navios. Isso tudo já está acontecendo e não podemos deixar passar a oportunidade de participar do movimento e de que maneira vamos nos posicionar”, indicou. A programação também incluiu a questão da sustentabilidade, com a apresentação de um dos principais programas desenvolvidos pela Canaoeste, o SEMEIA. Embasado em pilares de sustentabilidade econômica, ambiental, eficiência e inteligência agronômica, o programa tem permitido aos associados obterem importantes certificações, como a internacional Bonsucro. Quem apresentou os dados foi Fábio Soldera, Gestor de Sustentabilidade da Canaoeste, que falou dos três anos de trabalho para a certificação de doze produtores da cooperativa, que mantém 26 propriedades rurais, em 17 mil hectares, entregando 1,2 milhão de toneladas de cana. “É um trabalhado desafiador, que envolve radiografia e remodelação em fontes de água, modo de produção, áreas protegidas, relações trabalhistas com os funcionários, tratamento de resíduos, cumprimento do Programa de Regularização Ambiental (PRA), serviços, etc. Se o nosso agricultor fosse gastar no mercado todo esse processo de habilitação custaria mais de cem mil reais. Agora, esses doze produtores estão certificados com um reconhecimento que é o principal em cana no mundo inteiro, pois a Bom Sucro atua em mais de cinquenta países’, explicou Fábio.“Nós vamos reconhecer o trabalho do time de produtores que passaram pelo processo de certificação. Tanto que cooperativa de crédito (Cocred) vai lançar uma linha específica de financiamento para produtores certificados. Estamos avançando na qualificação da produção e do meio ambiente de nossos cooperados”, acrescentou Almir Torcato, profissional com mais de 20 anos de trabalho d

Abril 28, 2024 - 22:30
Canaoeste abre safra, mostra certificação e mira etanol para aviões
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