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BR-277 tem bloqueio total e interdita acesso ao Porto de Paranaguá
Só em 2023, interrupções do tráfego na rodovia causaram prejuízos R$ 600 milhões ao agronegócio paranaense, informa Faep A BR-277 foi totalmente bloqueada em um trecho entre Curitiba e o litoral do Paraná, na madrugada desta quinta-feira (25/1). A interdição preocupa o setor agropecuário e de transportes, uma vez que a estrada é o único acesso rodoviário que comporta o tráfego de cargas pesadas até o Porto de Paranaguá. BR-277 tem bloqueio total e interdita acesso ao Porto de Paranaguá O bloqueio, devido a um deslizamento de pedras causado por chuvas constantes na altura do km 39, teve início às 03h da madrugada desta quinta e compreende os dois sentidos da rodovia. Até às 16 horas, não havia previsão de liberação da via. Saiba-mais taboola Nesta quinta-feira, técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) seguem realizando análises no local, a fim de determinar a reabertura do trecho. No sentido litoral, a interdição ocorre no km 60, na unidade da PRF, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. No sentido Curitiba, a interdição ocorre no km 32. A Estrada da Graciosa é a alternativa para veículos menores que pretendem seguir para o litoral do Estado. Prejuízos Desde outubro de 2022, trechos da BR-277 entre Curitiba e o litoral do Estado têm passado por episódios de bloqueio parcial ou total, devido a desmoronamentos e obras de manutenção. A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) calcula um prejuízo de R$ 600 milhões ao agronegócio paranaense só no ano passado com os bloqueios da rodovia. “Todo esse problema era previsível. Se a nossa produção não chega ao porto, complica toda a cadeia do agronegócio. Esperamos agilidade da administração pública para corrigir de maneira emergencial esses problemas nas estradas paranaenses”, afirmou Ágide Meneguette, presidente da Faep, em entrevista à Globo Rural. Meneguette lembra que a federação contratou um especialista para fazer uma análise geológica na BR-277 que apontou que os incidentes registrados na rodovia poderiam ter sido evitados, assim como seus impactos minimizados, se houvesse um serviço de monitoramento geológico, análise dos riscos e planejamento. “A conta do que não foi feito está aparecendo e os principais prejudicados são os produtores rurais e a sociedade”, ressalta. O presidente do Sindicato das empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar), Silvio Kasnodzei, também alerta para o impacto na logística do agronegócio a cada bloqueio da rodovia. “Estamos no início do transporte da safra, cada interdição gera um impacto direto na agricultura e na nossa economia”, enfatiza. Segundo Kasnodzei, em 2023 houve 29 dias com a estrada parada em algum trecho. “O Paraná é um importante Estado produtor. Essa situação reforça a necessidade de se construir uma via alternativa para o Porto de Paranaguá”. O Sistema Fetranspar (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná), emitiu uma nota sobre a interdição, informando que a entidade está apreensiva com as fortes chuvas que vêm caindo na região litorânea e com as interdições nas rodovias que ligam ao Porto de Paranaguá. “A Federação solicita aos órgãos competentes, a prioridade na liberação do trecho interditado na BR 277 nesta madrugada e reforça a necessidade de que os contratos junto às novas concessionárias de pedágio sejam assinados, uma medida que, estando a iniciativa privada administrando trechos importantes de estradas, o trabalho de desobstrução de rodovias é mais ágil devido aos recursos operacionais empregados”. As entidades não souberam informar qual o volume do tráfego de caminhões registrado no trecho diariamente.
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