Em Chicago, óleo despenca mais de 3% e pressiona ainda mais preços da soja nesta 3ª feira

Em Chicago, óleo despenca mais de 3% e pressiona ainda mais preços da soja nesta 3ª feira Publicado em 30/04/2024 11:48 e atualizado em 30/04/2024 12:26 Dólar em forte alta e avanço do plantio nos EUA contribuem para as baixas na CBOT Se de um lado a greve na Argentina dá uma valente sustentação aos preços do farelo na Bolsa de Chicago, de outro, os futuros do óleo de soja despencam na sessão desta terça-feira (30), perdendo mais de 3% e intensificando as perdas no grão, que recuavam mais de 1% no final da manhã de hoje. Perto de 11h15, a oleaginosa perdia de 10,75 a 13 pontos nos contratos mais negociados, com o maio sendo cotado a US$ 11,49 e o julho a US$ 11,69 por bushel.  O óleo de soja, segundo explica a Agrinvest Commodities, acompanha baixas intensas que são registradas no mercado de óleo de palma.  "Apesar de um cenário de oferta apertada no óleo de palma nas últimas semanas, o mercado já fala em aumento na produção para o segundo trimestre. Somado a isso, nesta terça-feira, dados preliminares de exportação do óleo da Malásia, em abril, registraram uma queda de 11,5% em relação ao ritmo de março. Com isso, o óleo de palma tinha uma queda de quase 2,5% no pregão de hoje", explicam os analistas da consultorias.  Com as perdas desta terça, o óleo de soja já acumula uma perda de 10% no mês. "E também estamos vendo a oferta de óleo de soa crescendo internamente nos EUA, ao mesmo tempo em que outros componentes estão substituindo o uso do óleo para a produção de biocombustíveis", complementa a Agrinvest.  O mercado trabalha de olho nos últimos números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou no final da tarde de ontem, apontando um expressivo avanço do plantio norte-americano. Em uma semana, a área plantada com soja no país saltou de 8% para 18%, ficando levemente acima do esperado pelo mercado.  Ainda assim, segundo os analitsas e consultores de mercado, faltam notícias que possam impulsionar o mercado de forma mais intensa. Assim a maior parte das atenções está sobre o comportamento do clima no Meio-Oeste americano, com previsões de chuvas mais bem distribuídas no cinturão nos próximos dias.  "O modelo GFS, gerado nessa manhã, prevê resumidamente para os próximos 10 dias clima seco para a Dakota do Norte, sul do Nebraska, oeste do Kansas e toda a região do golfo. Previsões de chuvas predominam para o meio oeste, com volumes totais superiores a 100 mm no oeste de Illinois, leste e centro-oeste do Missouri, sudeste do Kansas e centro-norte de Oklahoma", informa o Grupo Labhoro. A consultoria explica ainda que já "omodelo Europeu, gerado na madrugada, difere do GFS ao indicar clima seco para o leste do cinturão e somente o oeste da N. Dakota. O Europeu prevê chuvas leves para o centro e oeste do Corn Belt, bem como para Oklahoma, Texas e os estados do delta americano". Mapas: Grupo Labhoro​​ Outro fator que pesa sobre as cotações da oleaginosa - e de todas as demais commodities agrícolas negociadas nas bolsas americanas - nesta terça-feira é a nova alta do dólar. A moeda americana sobe antes de novas decisões do Federal Reserve sobre a taxa de juros nos EUA, além da espera pela chegada de indicadores importantes nos próximos dias. E o avanço não se dá só sobre o real, mas frente a uma série de moedas.  No Brasil, perto de 11h55 (Brasília), a divisa subia 1,3% para 5,18.  "Em meio à pré-definição da taxa de juros nos Estados Unidos, mais uma vez os indicadores norte-americanos balançam a cabeça dos investidores. Neste momento, o que volto a repetir é que a única certeza que o investidor tem é na incerteza. A cada passo, um novo caminho surpreendente se molda, colocando todas as expectativas no discurso de Jerome Powell, que ocorrerá amanhã", explica a analista de mercado da Royal Rural, Marta Guimarães. Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio Tags: Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes Fonte: Notícias Agrícolas RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade. 0 comentário

Abril 30, 2024 - 13:15
Abril 30, 2024 - 13:29
Em Chicago, óleo despenca mais de 3% e pressiona ainda mais preços da soja nesta 3ª feira
Em Chicago, óleo despenca mais de 3% e pressiona ainda mais preços da soja nesta 3ª feira Publicado em 30/04/2024 11:48 e atualizado em 30/04/2024 12:26 Dólar em forte alta e avanço do plantio nos EUA contribuem para as baixas na CBOT >>>

Essa é mais uma manchete indexada e trazida até você pelo site Agromundo.NET