Saiba o que é “rio atmosférico”, fenômeno que aumenta chuvas no Sul

A umidade que sai da Amazônia gera um quadro de gravidade extrema no Estado, segundo a MetSul Um corredor de umidade que se forma no interior da América do Sul está levando uma quantidade de ar úmido da Amazônia para o Estado do Rio Grande do Sul e Uruguai. Nesta quarta-feira (01/05), a MetSul alerta para um quadro de “gravidade extrema que vai piorar no Estado gaúcho com mais enchentes”. Saiba-mais taboola O ar úmido está canalizado, pois há uma grande massa de ar seco e quente com um bloqueio atmosférico em toda região central do Brasil, como explica a MetSul. Meteorologia. Esse fenômeno que envolve a passagem de umidade e bloqueio de ar quente é classificado como rio atmosférico. “Os rios atmosféricos são regiões longas e concentradas na atmosfera que transportam ar úmido dos trópicos para latitudes mais altas. O ar úmido, combinado com ventos de alta velocidade, produz chuva pesada e neve, conforme a região no mundo. Esses eventos extremos de precipitação podem levar a inundações repentinas, deslizamentos de terra e danos catastróficos à vida e à propriedade”, explica a empresa de meteorologia. Como o ar quente tropical avança para Sul, forma-se uma combinação explosiva de umidade abundante com atmosfera muito aquecida, o que cria sucessivamente fortes a intensas áreas de instabilidade, com volumes de chuva excessivos, e temporais isolados com granizo e vendavais, de acordo com a MetSul. Até agora, 10 pessoas morreram por consequência das chuvas no Rio Grande do Sul. A previsão é de que esse sistema continuará nos próximos dias, podendo piorar a situação dos gaúchos. Ontem à noite, o governador do Estado, Eduardo Leite, falou por telefone com o presidente do país, Luís Inácio Lula da Silva, solicitando ajuda emergencial aérea.