Cafeicultores brasileiros apostam em sustentabilidade para aumentar valor agregado

O Brasil, líder mundial na produção de café e segundo maior mercado consumidor, está vivendo uma revolução no modo como seus cafeicultores operam. Uma recente pesquisa do Sebrae revela que os produtores de café estão buscando se diferenciar em um mercado cada vez mais competitivo, adotando práticas sustentáveis e investindo em produtos de alto valor agregado. Crescimento de Cafés Orgânicos e Indicações Geográficas O levantamento do Sebrae mostra que um terço dos cafeicultores brasileiros já trabalha com cafés orgânicos, seja de forma parcial ou integral. Além disso, 27% dos produtores já investem em cafés com Indicação Geográfica (IG), certificação que garante a origem e qualidade do produto. Esses números indicam um claro movimento em direção à produção mais sustentável e diferenciada, algo que também reflete a demanda do mercado nacional e internacional. Produção de Cafés Especiais e Certificações O Brasil exporta atualmente cerca de 10 milhões de sacas de cafés especiais por ano, com potencial para produzir até 38 milhões de sacas em regiões reconhecidas com Indicação Geográfica. A maior parte desses produtores está concentrada nos estados de Minas Gerais e São Paulo. A pesquisa do Sebrae também aponta que mais de 60% dos cafeicultores possuem algum tipo de certificação, enquanto 80% demonstraram interesse em implementar uma política de créditos de carbono. Sustentabilidade e Uso de Tecnologia Bruno Quick, diretor-técnico do Sebrae Nacional, destaca a crescente conscientização dos cafeicultores sobre a importância da sustentabilidade e da adoção de práticas inovadoras. "Esses números mostram que o produtor brasileiro está atento à necessidade de oferecer um produto sustentável e diferenciado. Ele está usando tecnologias digitais para divulgar seu produto e demonstrando grande abertura para práticas como plantio agroecológico e política de créditos de carbono", comenta Quick. Perfil do Produtor de Café e Transmissão de Conhecimento A pesquisa do Sebrae também delineou o perfil do cafeicultor brasileiro: predominantemente branco (74%), do sexo masculino (65%), acima dos 36 anos (63%), e com formação de nível superior (65%). Além disso, a atividade de produção de café é uma tradição familiar, com 75% dos produtores representando pelo menos a segunda geração envolvida no negócio, sendo que 9% já estão na quinta geração de cafeicultores. Divulgação e Mercados Quanto à divulgação, a pesquisa mostra que 86% dos produtores utilizam plataformas digitais como Whatsapp, Instagram, Facebook, Youtube, TikTok e sites próprios para promover seus produtos. Apenas 14% dão prioridade a feiras e eventos. Carmem Sousa, analista de Competitividade do Sebrae, acredita que essa tendência reflete um mercado em evolução, onde consumidores estão cada vez mais interessados em produtos de qualidade e práticas sustentáveis. A combinação de sustentabilidade, alto valor agregado e uso estratégico de tecnologia coloca o Brasil na vanguarda da produção de café, com grandes oportunidades para os produtores locais e perspectivas animadoras para o futuro da cafeicultura brasileira. Fonte: Portal do Agronegócio 30/04/2024

Poderia 2, 2024 - 10:02
Cafeicultores brasileiros apostam em sustentabilidade para aumentar valor agregado
O Brasil, líder mundial na produção de café e segundo maior mercado consumidor, está vivendo uma revolução no modo como seus cafeicultores operam. Uma recente pesquisa do Sebrae revela que os produtores de café estão buscando se diferenciar em um mercado >>>

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