TAM aposta na aviação agrícola para alcançar receita recorde em 2024
Empresa tem como meta repetir o resultado financeiro do ano passado, quando arrecadou R$ 250 milhões Agro é longe. Fazendas de um único produtor rural podem estar em diferentes Estados, a milhares de quilômetros de distância. Por isso, o setor se tornou uma forte aposta da TAM Aviação Executiva. O presidente da companhia no Brasil, Leonardo Fiuza, espera que o agronegócio ajude a empresa a repetir neste ano a receita recorde de 2023, de R$ 250 milhões. Saiba-mais taboola O executivo não revelou quanto o agronegócio representa nos resultados da TAM, mas disse que 43% das aeronaves vendidas pela empresa nos últimos dois anos foram para o setor. “Atendemos quase 100% da demanda [do agro] no Brasil. Muitos empresários do agro têm negócios em diferentes Estados, e a logística das linhas comerciais não é a melhor que tem. Hoje as linhas comerciais têm destinos para pouco mais de 100 cidades no Brasil”, disse à reportagem. Segundo Fiuza, a atuação da TAM Aviação Executiva no Brasil acontece por meio da representação exclusiva de fabricantes americanos. “Trabalhamos com a intermediação das vendas de aeronaves novas, não compramos para revender”. A compra de aviões novos por produtores ou empresários da agroindústria entra como uma ferramenta de trabalho para aumentar a produtividade e otimizar o tempo. “Isso fez com que este setor se tornasse extremamente importante para nós”, acrescentou. Mesmo em um cenário em que os agricultores estão menos capitalizados devido à queda nos preços das commodities, Fiuza não acredita que a demanda vá diminuir drasticamente. “Estamos cientes da questão das commodities e dos cuidados no investimento, mas a necessidade continua”, disse ele. A maior parte dos negócios fechados pela companhia é para troca de aeronaves, mas há também novos compradores. No agro, a principal parcela de clientes é da área de grãos, porém, um movimento forte de demanda começa a vir do ramo de biocombustíveis. Fiuza ainda destacou que empresários de companhias processadoras de alimentos e frigoríficos estão entre os clientes relevantes para a aviação executiva. Esse pano de fundo justifica a presença da TAM na Agrishow, maior feira latina de tecnologia agrícola, pela 16ª vez. “Em 2022 fechamos 11 negócios na feira, um ponto fora da curva. Ano passado fechamos seis, e no nosso negócio seis é muito. Agora a gente espera repetir ano passado”, estimou. Apesar do desempenho da empresa na Agrishow em 2022, foi em 2023 que a empresa teve faturamento recorde. “Neste ano, as expectativas estão sendo atingidas. Continuando dessa forma, vamos ter um ano similar ao ano passado.” E o otimismo não se justifica apenas pela comercialização. “Não adianta vender e não dar suporte na manutenção, peças, revisões. Todos os aviões passam por revisões programadas e, para isso, temos três centros de serviços no Brasil.” Nesses polos, a companhia fornece mão de obra e peças para toda a frota que a TAM Aviação Executiva representa. A empresa também oferece fretamento e serviço de hangares e pátios para guardar as aeronaves. De acordo com o executivo, há outros fatores que impulsionam o setor. Um deles é a vida útil das aeronaves, que pode ser de 30 a 50 anos. Outro é a dolarização do produto, o que viabiliza negócios “em qualquer lugar do mundo”.
Essa é mais uma manchete indexada e trazida até você pelo site Agromundo.NET