Empresas de máquinas apostam em drones para pulverização

Case IH, New Holland e Jacto fecharam parcerias com fornecedoras chinesas para oferecer o produto como complemento ao pulverizador O produtor rural brasileiro é um dos mais atentos a avanços tecnológicos no mundo. Pensando nisso, grandes montadoras de máquinas agrícolas começaram a apostar na oferta de drones para pulverização, como um item complementar aos tradicionais pulverizadores de solo. A multinacional Case IH escolheu Ribeirão Preto (SP), durante a feira agrícola Agrishow, realizada na última semana, para ser o palco de lançamento global de seu primeiro drone agrícola. “O mercado de drones [no agronegócio] está se desenvolvendo com muito mais rapidez aqui do que nos Estados Unidos”, disse à Globo Rural o presidente mundial da Case IH, Scott Harris. Saiba-mais taboola O executivo afirmou que o grupo acaba de fechar uma parceria com a fornecedora chinesa Xag. Segundo ele, os drones serão distribuídos pela rede de concessionárias que já comercializa tratores, colheitadeiras e outras máquinas agrícolas. “Na pulverização, às vezes, você precisa fazer a área inteira, mas às vezes é só uma parcela. Com o drone, é bem mais fácil acessar essas áreas menores”, complementou. Em outros casos, o agricultor que monitora diariamente a incidência de pragas pode identificar uma em que ele precise entrar imediatamente na lavoura para aplicar o defensivo, mas não consegue com o pulverizador tradicional se o solo estiver molhado. "Com o drone, é possível fazer a aplicação a qualquer hora e deixar de disseminar uma praga”. Harris não detalhou o valor do investimento na tecnologia, mas disse que o principal aporte tem sido feito na capacitação e treinamento da rede de concessionários. Eles serão os responsáveis por dar um atendimento pleno até o pós-venda, que possa capacitar também o produtor. “É um mercado que está crescendo e que neste ano pode chegar perto de 10 mil drones no Brasil. Temos ‘share’ [participação] de 20% em colheitadeiras, queremos pegar [em drones] um ‘share’ represente a nossa presença no mercado brasileiro”, estimou. Iago Oliveira, especialista de Novos Negócios da New Holland, acrescentou que o drone é uma alternativa viável para a pulverização de solos irregulares, com muitas subidas e descidas, como as lavouras da região Sul ou os cafezais de Minas Gerais. Cultivos altos, como milho e cana-de-açúcar, também estão entre as possibilidades em que esta pulverização se encaixa. Expansão A New Holland faz parte do grupo CNH Industrial, assim como a Case, e deve ter o drone da Xag disponível para comercialização no Brasil até o fim deste ano. Para 2025, o plano da marca é se expandir nos demais países da América Latina. “Um dos maiores emissões de carbono é o combustível fóssil, usado nas máquinas e aviões. O drone é a bateria. Com uma aplicação de qualidade, também é possível reduzir o número de aplicações de defensivo”, argumentou o especialista. A companhia vai trabalhar com um drone com capacidade de 30 litros, indicado para áreas de até 200 hectares. Acima disso, o recomendado é o de 70 litros. No mercado Na Jacto, a venda de drones já é realidade. Nei Salis Brasil Neto, gerente de negócios de Drones Agrícolas da empresa, afirmou durante a Agrishow que o produto foi anunciado oficialmente na feira, apesar de a companhia já trabalhar no projeto desde o ano passado para a construção de uma área dedicada a isso. O fornecedor escolhido foi a chinesa DJI. “Essa tecnologia foi desenvolvida para pequenas propriedades na China. É o primeiro ciclo tecnológico do setor, com muitas possibilidade de inovação”, disse o executivo. Ele acredita que uma das evoluções será o monitoramento do voo de maneira mais remotas, sem a necessidade de estar a uma distância de ao menos 400 ou 500 metros do equipamento. “Estamos investindo em pesquisa e desenvolvimento, e temos a intenção de desenvolver tecnologias que vão trazer inovação para o setor, seja novos drones ou novas funcionalidades, vamos passar a ser relevantes na área de robótica”, disse Brasil Neto sobre os planos futuros. Por enquanto, além de comercializar os drones, o objetivo é apostar em assistência técnica e garantir que a tecnologia seja bem utilizada no campo.

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