Queijo ‘fora do padrão’ dá origem a requeijão premiado em mundial

Requeijão em barra produzido em Lima Duarte (MG) recebe medalha Super Ouro no 3º Mundial do Queijo do Brasil No Sítio Primavera, em Lima Duarte (MG), o casal Maria Elisa Almeida e Jorge Bezerra produz uma média de 50 peças de queijo minas artesanal e queijo do reino por mês, feitos com leite de produção própria. Como a produção é artesanal, nem todas as peças atingiam os padrões comerciais de aparência, embora tivessem a mesma qualidade e segurança alimentar do produto vendido. Essas unidades acabavam sendo destinadas ao consumo próprio. Leia também Brasil tem 11 queijos entre os 15 melhores do mundo; veja a lista Queijo do Serro: conheça o produto artesanal mineiro que ganhou selo de procedência Queijos rastreados e premiados integram rota turística no Espírito Santo Mas graças a experimentos desenvolvidos pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), esses queijos “fora do padrão” deram origem a um requeijão que foi premiado, em abril deste ano no 3º Mundial do Queijo do Brasil, realizado em São Paulo. O requeijão em barra Lírio Branco, produzido no Sítio Primavera, recebeu a medalha Super Ouro no concurso. O requeijão foi produzido a partir do aproveitamento do queijo minas artesanal maturado por, no mínimo, 22 dias. “O sabor desse requeijão é muito distinto porque deriva de um queijo maturado e tem a consistência perfeita”, disse Maria Elisa Almeida. O requeijão foi produzido a partir do aproveitamento do queijo minas artesanal maturado por, no mínimo, 22 dias Epamig / Divulgação A pesquisadora da Epamig/ILCT, Denise Sobral, observou que o segredo de um bom requeijão é a massa usada como matéria-prima. “O requeijão derivado de um queijo muito bom será excelente. É o caso dos queijos da Elisa que resultaram em um requeijão muito saboroso”, disse Sobral. “É uma honra ver o resultado de uma pesquisa sendo aplicado. Nos sentimos recompensados com a conquista dos produtores, é para isso que trabalhamos”, afirmou o coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Leite e Derivados da Epamig e professor da Epamig/ILCT, Junio de Paula. A pesquisa desenvolvida pelo ILCT/Epamig busca identificar os defeitos mais frequentes na produção artesanal de queijos e desenvolver tecnologias para ajudar o produtor a detectar e corrigir possíveis falhas e fazer trabalho preventivo para evitar erros. Além disso, a pesquisa propõe alternativas para aproveitar os produtos que não atingem os padrões comerciais de aparência, de textura ou casca. “Uma grande dor do produtor é não ter saída para esses queijos que não ficaram bonitos, mas que são seguros para o consumo. Pensamos na adaptação de uma tecnologia que já existe na indústria, a fabricação do requeijão, usando o queijo artesanal como matéria-prima. Dessa forma os produtores recebem apoio na elaboração de um produto de qualidade, inovador e com proposta sustentável”, afirma Paula. Queijo minas artesanal do Sítio Primavera, em Lima Duarte (MG) Epamig / Divulgação O casal é do Rio de Janeiro e mudou-se para Lima Duarte após se aposentarem, há nove anos. Bezerra é engenheiro, advogado e administrador. Almeida é advogada, administradora e psicóloga. A queijaria foi montada dois anos depois. No Sítio Primavera, o casal também mantém uma pousada, que oferece turismo rural. O sítio tem certificado de boas práticas de curral e de queijaria, de propriedade livre de brucelose e tuberculose. A primeira premiação do sítio foi obtida em 2021, no concurso internacional de queijos ExpoQueijos Araxá. A queijaria obteve medalha de ouro com o queijo minas curado no vinho, e medalha de prata com o queijo minas curado.

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