Deficiências logísticas causam prejuízo de mais de R$ 40 bilhões ao setor de soja e milho no Brasil

O Brasil enfrenta, pela primeira vez, dois anos consecutivos de prêmios negativos para exportação de soja e milho, consequência direta da falta de infraestrutura logística para o escoamento dos grãos. Um estudo encomendado pela Kepler Weber, líder na América Latina em soluções para armazenagem e movimentação de grãos, divulgado durante a Agrishow, em Ribeirão Preto, revelou que as perdas devido à deficiência logística somam R$ 41,4 bilhões nos anos de 2023 e 2024. Bernardo Nogueira, CEO da Kepler Weber, explica que os prêmios de exportação podem ser positivos ou negativos, dependendo de uma série de fatores, como câmbio, valor de mercado nos Estados Unidos (como na Bolsa de Chicago) e condições nos portos brasileiros. "O estudo mostra quanto custa a ineficiência no pós-colheita, desde as fazendas até o embarque nos portos. Os prejuízos somados para 2023 e 2024 ultrapassam R$ 40 bilhões, afetando diretamente o produtor rural e toda a cadeia do agronegócio", afirma Nogueira. Os prêmios negativos ocorrem quando há deságio nos valores pagos pela soja e pelo milho ao chegarem nos navios para exportação. Essa desvalorização reflete problemas na logística de transporte e armazenamento, incluindo estradas precárias, falta de capacidade de armazenagem e atrasos nos portos. "O Brasil convive com um déficit de armazenagem superior a 100 milhões de toneladas, o que impacta diretamente a formação dos prêmios para exportação", ressalta Nogueira. Perdas por Produto O estudo da Kepler Weber detalha que as maiores perdas ocorrerão no segmento do milho, com prejuízo acumulado de R$ 21,2 bilhões nos anos de 2023 e 2024. No ano passado, os prêmios negativos afetaram os resultados entre maio e setembro, enquanto neste ano o período negativo começou um mês mais cedo, projetado para ocorrer entre abril e setembro. Para a soja, as perdas somam R$ 20,1 bilhões entre 2023 e 2024. No ano passado, os prêmios negativos impactaram a exportação entre março e julho, enquanto este ano eles já se manifestaram entre janeiro e maio. A Necessidade de Investimento em Armazenagem Segundo Bernardo Nogueira, a chave para reverter esse cenário está no investimento em infraestrutura para armazenamento, garantindo ao agricultor maior controle sobre o momento certo para vender sua produção. "O investimento em armazenagem representa maior eficiência para a cadeia do agronegócio, dando ao produtor rural poder de decisão sobre quando vender e escoar a produção, resultando em melhores ganhos", conclui Nogueira. O estudo destaca a necessidade de soluções robustas para armazenagem e logística, enfatizando a importância de investimentos que permitam ao Brasil superar os desafios na cadeia do agronegócio, mitigando as perdas significativas causadas pela ineficiência logística. Fonte: Portal do Agronegócio 08/05/2024

Poderia 8, 2024 - 11:32
Deficiências logísticas causam prejuízo de mais de R$ 40 bilhões ao setor de soja e milho no Brasil
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