Orçamento precisa de reforço para ações do crédito rural, diz Geller
Secretário deefende a necessidade de reforçar mecanismos de apoio à comercialização O secretário de Política Agrícola, Neri Geller, afirmou que é preciso repor o orçamento do Ministério da Agricultura para incrementar ações como seguro e crédito rural. Ele voltou a salientar a necessidade de empenho da bancada ruralista para articular o reforço de verba nas votações do Congresso Nacional. "Não vamos continuar crescendo se não repor orçamento do Ministério da Agricultura, que foi reduzido nos últimos quatro anos", disse durante o Congresso da Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho), em Brasília. "Precisamos retomar isso. Se quiser ter seguro mais robusto, precisamos de orçamento", completou. Geller voltou a defender a necessidade de reforçar o orçamento para bancar mecanismos de apoio à comercialização, como os leilões de prêmio de escoamento (Pep e Pepro). "Em 2014, tínhamos R$ 6 bilhões e hoje temos menos de R$ 1 bilhão, e quase triplicamos a produção", apontou. Ele comentou também sobre o orçamento destinado à equalização de juros do crédito rural, rubrica que fica a cargo do Tesouro Nacional. "Pedimos que senadores façam reunião com presidente da Câmara, Arthur Lira, e presidente do Senado [Rodrigo Pacheco] e que nos ajudem a recolocar orçamento. Ter R$ 5 bilhões [para equalização] é muito pouco. Se passar para R$ 12 bilhões vamos fazer um Plano Safra robusto, e isso não é gasto, é investimento na veia", completou. "Está na hora de tirar todo ranço ideológico, sentar na mesa e dar suporte a esse setor que é tão importante (...) É humanamente impossível fazer política agrícola com orçamento de R$ 5 bilhões para equalizar. Em 2013 tivemos R$ 13 bilhões", destacou. Geller ainda criticou as taxas de juros atuais das linhas de investimentos. "Não dá para aceitar que as taxas de juros de investimentos fiquem acima de 12% ou 13%, que o setor que sustenta a economia do Brasil que faz a geração de emprego, que traz tantos dividendos, não ter recurso para fazer investimentos em construção de armazém, para fazer perfil de solo com financiamento de calcário", apontou. Ele não antecipou quais as taxas buscadas para o próximo Plano Safra 2024/25, que deverá ser anunciado no mês que vem.
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