Conab poderá comprar arroz de produtores do RS

Estatal avalia impacto de enchentes aos armazéns de grãos no Estado O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, afirmou nesta terça-feira (14/5) que a estatal poderá adquirir arroz de produtores do Rio Grande do Sul, além do cereal que será importado, para garantir o equilíbrio de preços aos consumidores após a catástrofe vivida no Estado, principal produtor nacional. Saiba-mais taboola "O Rio Grande do Sul também sofre com alta dos preços do arroz. Estamos pensando em ação específica de compra de arroz local do Rio Grande do Sul para a gente poder chegar aos nossos consumidores com esse subsídio mais barato para evitar a escalada de preços que venha a prejudicar e elevar os preços e a inflação dos alimentos", disse Pretto durante anúncio de levantamento de safra da Conab. O edital para a compra das primeiras 104 mil toneladas de arroz importado será divulgado hoje, disse Pretto. A Conab está autorizada a adquirir até 1 milhão de toneladas. "Estamos tendo o cuidado de proteção à produção nacional. Não vamos trazer produtos para competir com a produtos daqui (...) Não queremos correr risco de deixar desabastecidas regiões mais distantes. Vamos trazer o produto de forma escalonada", afirmou o presidente. Pretto reforçou que o cereal será vendido a pequenos varejistas para evitar que haja aumento de preços e que essa inflação não seja repassada aos consumidores. Leia também Como ajudar o Rio Grande do Sul? Veja as campanhas do agro para auxiliar vítimas Agroindústrias gaúchas querem permissão para vender fora do RS Chuvas no RS causam prejuízo de R$ 1,3 bi ao agro Perdas A previsão de colheita de arroz foi levemente ajustada por conta do desastre climático no Rio Grande do Sul. A safra ainda é estimada em 10,5 milhões de toneladas, 4,6% a mais que na temporada 2022/23. O aumento de produção se dará, disse Pretto, "especialmente com área plantada a mais em outras regiões fora do Rio Grande do Sul". O próximo levantamento deverá ter informações mais acuradas sobre as possíveis perdas na produção gaúcha de arroz. O diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Silvio Porto, disse que a estimativa parcial de perdas no Estado é de 230 mil toneladas, já que 17% da área cultivada de arroz ainda não havia sido colhida antes das fortes chuvas. Nem toda área foi afetada ou alagado, reforçou a estatal. "Se não tivéssemos tido os problemas das perdas no Rio Grande do Sul, falaríamos em uma safra de 10,7 milhões de toneladas", apontou Porto. Em condições normais, a produtividade da safra nacional de arroz seria de 6.792 quilos por hectares. Com o impacto parcial medido nas lavouras gaúchas, o rendimento deverá cair para 6.664 quilos por hectare, explicou o diretor. Na soja, apesar de uma área maior a ser colhida, de 35% do total cultivado no Estado, as perdas impactam menos os números nacionais devido à distribuição da produção em outras regiões. Mas a situação de calamidade no território gaúcho afeta os dados gerais do levantamento de safra. "Se não tivéssemos tido a catástrofe no Rio Grande do Sul, estaríamos apresentando uma safra de grãos com 1 milhão de toneladas a mais, com 296,4 milhões de toneladas. Em especial, por ajustes que fizemos na área e na produtividade, principalmente em relação a soja e alguns ajustes que fizemos no arroz", disse Porto. O diretor e o presidente Edegar Pretto salientaram que o governo federal vai criar mecanismos de estímulo à diversificação da produção de arroz no próximo Plano Safra 2024/25, que será anunciado no mês que vem. O objetivo é ampliar a área cultivada com o cereal em regiões fora do Rio Grande do Sul e evitar a concentração de 74% da produção em um único Estado como agora. Conab ainda avalia qual foi o impacto das enchentes e inundações nas estruturas de armazenagem de grãos do Estado Reprodução Armazenagem A Conab ainda avalia qual foi o impacto das enchentes e inundações nas estruturas de armazenagem de grãos do Estado e nos produtos que estavam estocados e, possivelmente, foram afetados com as águas. A área central do Estado, uma das regiões mais impactadas, tem presença expressiva de armazéns e silos privados, com capacidade estática de armazenagem de 1 milhão de toneladas. "Não significa que os silos estavam cheios, é provável que tenha volume estocado maior de soja do que arroz", apontou Silvio Porto. Na parte efetivamente alagada, a capacidade estática de armazenagem estimada pela Conab é de 880 mil toneladas de grãos. O diretor disse, durante anúncio do levantamento da safra de grãos, que há queda de preços pagos no feijão aos produtores. "Estamos atentos para, se necessário, fazer ações de aquisição de feião para formação de estoques e para colocar no mercado no segundo semestre", disse. Silvio Farnese, diretor do Departamento de Análise Econômica e Políticas Públicas da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, disse que a "produção nacional é suficiente para abastecer o consumo interno apesar das per

Poderia 14, 2024 - 13:30
Conab poderá comprar arroz de produtores do RS
Estatal avalia impacto de enchentes aos armazéns de grãos no Estado O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, afirmou nesta terça-feira (14/5) que a estatal poderá adquirir arroz de produtores do Rio Grande do Sul, a >>>

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