Como plantar língua-de-vaca: planta é fonte de nutrientes, fibras e tem baixo valor calórico

Presente nas mesas do centro-norte do Brasil, hortaliça pode ser rentável para produtores de outras regiões Tradicionais em pratos típicos regionais, duas espécies de plantas alimentícias não convencionais do gênero Talinum chegam a compartilhar nomes, o que faz com que muita gente confunda uma com a outra. Mas, embora elas tenham várias semelhanças, cada uma tem características próprias. Saiba-mais taboola A variedade que é conhecida como língua-de-vaca (Talinum fruticosum), no Nordeste, especialmente na Zona da Mata de Pernambuco e em Alagoas, é chamada de cariru; e no Amazonas e no Pará, estados em que sua comercialização já se estabeleceu em feiras de rua, quitandas e até supermercados. Em Goiás, Tocantins, norte de Minas e oeste da Bahia, língua-de-vaca é a Talinum paniculatum, também conhecida popularmente como joão-gomes, major-gomes, maria-gorda, beldroegão e ora-pro-nóbis-miúda. Essa variedade costuma ter folhas em tom de verde mais escuro na fase vegetativa, mas é no florescimento que as di ferenças entre as espécies ficam mais evidentes: enquanto as flores da T. paniculatum são diminutas e as inflorescências têm hastes altas, as da T. fruticosum são cor-de-rosa e maiores, com hastes mais curtas. Com presença mais frequente nas mesas da população que vive no centro-norte do Brasil, a língua-de-vaca também pode ser uma hortaliça rentável para produtores do restante do país, já que existe um grande potencial a se explorar no mercado comprador das regiões Sudeste e Sul. Na lista de atrativos da planta está ainda sua rusticidade. Com facilidade de adaptação, ela exige cuidados simples e sofre pouca incidência de pragas, o que faz dela uma ótima alternativa de plantio em canteiros, especialmente durante o verão quente e chuvoso. Herbácea, a língua-de-vaca tem caule ereto, simples ou ramificado e chega a uma altura de 15 a 40 centímetros. Quando novas e tenras, as folhas suculentas são usadas cruas em saladas, mas muitos consumidores as preferem refogadas ou cozidas em sopas, omeletes ou no preparo de cardápios com carnes, peixes ou camarão. Por ser fonte de zinco, ferro, molibdênio, selênio e manganês, conter fibra e ter baixo valor calórico, a hortaliça é alternativa para minimizar carências nutricionais. As raízes espessas da língua-de-vaca são comestíveis – ainda que seu consumo não seja usual – e têm aplicações na medicina popular, em tratamentos de diabetes, sarampo e constipação. O alto teor de mucilagem com propriedades emolientes tem benefícios nos cuidados com feridas, eczemas e cicatrizações. Por ter flores róseas e frutos verdes, amarelos e alaranjados, a língua-de-vaca também é considerada uma planta ornamental. As hastes florais cortadas em arranjos, ou a muda cultivada em vasos ou jardineiras, enfeitam ambientes internos e externos. A planta é nativa do Brasil, e seu cultivo disseminou-se também na Nigéria. Início É possível colher língua-de-vaca de plantas que nascem espontaneamente em lugares como margens de estradas e em meio a culturas e jardins. No entanto, a aquisição de mudas de produtores com mais experiência no manejo da hortaliça pode ser também uma oportunidade para se obter diferentes dicas de plantio. Além disso, é plenamente viável propagar mudas a partir de um maço comprado no mercado ou na feira. Ambiente Com boa adaptação a diferentes condições climáticas, a língua-de-vaca cresce nos períodos de chuva tanto sob a elevada umidade da região amazônica quanto no calor escaldante do semiárido nordestino. Planta que precisa de sol pleno, a espécie se desenvolve melhor em locais que recebem luminosidade solar direta. Propagação Embora de manuseio difícil em virtude de suas pequenas dimensões, as sementes coletadas a campo podem ser semeadas diretamente no local definitivo ou em bandejas. A opção mais frequente é a aplicação do método de estaquia, que é realizado com estacas de 5 a 10 centímetros e o transplante feito quando atingirem de 10 a 15 centímetros de altura. Plantio Apesar de ter brotação fácil em diferentes tipos de solos, a línguade-vaca ocorre de modo espontâneo na natureza. Em canteiros de cultivo, os solos mais indicados são os ricos em matéria orgânica e bem drenados. Quanto à textura da terra, a planta aceita todas, desenvolvendo-se em áreas de caatinga, várzea, restinga e até floresta. Espaçamento A indicação é deixar de 15 a 20 centímetros entre as plantas, mas o espaçamento mais adequado pode variar a depender do clima e da fase de desenvolvimento – se mais nova e tenra ou um pouco maior – se deseja colher a língua-de-vaca. Tratos Para se obter produtividade e plantas com folhas mais graúdas, a recomendação é adubar a cultura com composto orgânico, com volume que pode ser de 5 a 10 litros por metro quadrado, de acordo com teor de matéria orgânica do solo. Irrigação semelhante à aplicada em canteiros comerciais de alface contribui para assegurar a produção continuada. Em plantios em quintais, a rega não será necessária quando a produção for mais abundant

Janeiro 27, 2024 - 07:00
Como plantar língua-de-vaca: planta é fonte de nutrientes, fibras e tem baixo valor calórico
Presente nas mesas do centro-norte do Brasil, hortaliça pode ser rentável para produtores de outras regiões Tradicionais em pratos típicos regionais, duas espécies de plantas alimentícias não convencionais do gênero Talinum chegam a compartilhar nome >>>

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