‘Adiantar o plantio da soja é sabido na prática que vai ser prejudicial’, diz presidente da Aprosoja-MT

A mudança realizada no calendário do vazio sanitário e início do plantio da soja 2024/25 no estado é considerada prejudicial pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). Segundo o presidente da entidade, Lucas Costa Beber, além da ferrugem asiática, teme-se com o adiantamento da semeadura uma forte presença da mosca branca. O vazio sanitário da soja em Mato Grosso referente à safra 2024/25 será de 8 de junho a 6 de setembro. Já o período de semeadura de 7 de setembro a 8 de janeiro do próximo ano. As informações constam na Portaria nº 1.111 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), publicada no Diário Oficial da União (DOU), que circula nesta quarta-feira (15). A definição das datas para a safra 2024/25, esclareceu o Ministério em nota, levou em consideração “as condições climáticas, bem como as sugestões encaminhadas pelos estados”. O presidente da Aprosoja-MT pontua, em entrevista ao Canal Rural Mato Grosso, que adiantar o vazio sanitário para o dia 8 de junho pode prejudicar os produtores que cultivam gergelim. “[O gergelim] é uma cultura que vem ganhando destaque em Mato Grosso e eles teriam mais tempo tanto para efetuar a colheita, como destruir as plantas tigueras no meio das lavouras”. De acordo com dados da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), na safra 2023/24 o gergelim se consolidou como uma excelente opção na segunda safra. Foram semeados 382,1 mil hectares no estado, 106% a mais que no ciclo passado, visto muitos produtores terem optado pelo grão diante da janela apertada e baixo preço do milho. A previsão é que 191,1 mil toneladas de gergelim sejam colhidas. Lucas Costa Beber, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso. Foto: Aprosoja-MT Risco maior de mosca branca na soja No caso de a semeadura da soja iniciar no dia 7 de setembro, e não em 16 de setembro como realizado nos anos anteriores, com exceção da safra 2023/24, na qual houve solicitação de plantio excepcional a partir de 1º de setembro por parte dos produtores de algodão, Lucas Costa Beber frisa que ainda “não temos estudos científicos que tragam segurança nisso”. Ainda conforme ele, ao se levar em consideração anos de El Niño, como foi 2023/2024, “na prática é visto que é muito prejudicial, principalmente para os produtores que semeiam mais tarde”, pois há uma janela maior de plantio, o que ocasionaria uma forte presença de ferrugem asiática, bem como de mosca branca. “Aqueles produtores que plantarem 30 dias depois dos primeiros já serão altamente prejudicados, não só pela pressão da ferrugem asiática, como da mosca branca, que é mais grave o ataque e você tem mais tempo de multiplicação dessa praga”, salienta o presidente da Associação ao Canal Rural Mato Grosso. No que tange a semeadura estendida até 7 de janeiro de 2025, o gestor frisa que o prazo “é mais condizente”, tendo em vista que na safra 2023/24 foi necessária a solicitação de extensão excepcional em detrimento de alguns produtores não terem conseguido concluir os trabalhos de plantio devido a seca. “Ainda não é o ideal, mas já melhora nesse aspecto. Agora o que a gente pede é a fundamentação e a base científica, porque adiantar o plantio é sabido na prática que vai ser prejudicial e nós gostaríamos de saber a base científica que foi realizado o estudo para amparar essa mudança”, diz Lucas Costa Beber. matogrosso.canalrural.com.br 15/05/2024

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