Chuvas no RS ainda impactam preço da soja na bolsa de Chicago
Analista atribuiu alta no preço às novas previsões de chuvas em áreas gaúchas Os estragos causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul ainda tem um peso sobre o mercado da soja, que avançou na bolsa de Chicago. Nesta sexta-feira (17/5), o contrato da oleaginosa com entrega para julho subiu 0,97%, para US$ 12,28 o bushel. +Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural Segundo Ronaldo Fernandes, analista da Royal Rural, a cotação subiu devido à preocupações com o clima para a produção de soja na América do Sul. Ele lembra que antes das enchentes no Rio Grande do Sul, o preço estava abaixo de US$ 12. Saiba-mais taboola “Hoje as atenções estão voltadas para o clima. O mercado entende que a situação de safra no Rio Grande do Sul por causa das chuvas ainda não foi resolvida, e ainda há previsão de mais chuvas para o Estado. O tempo úmido também preocupa para a colheita da Argentina”, diz. No país vizinho, o tempo seco no início do ano levou a Bolsa de Cereais de Buenos Aires a reduzir para 50,5 milhões de toneladas a projeção de oferta para 2023/24. O corte foi de 500 mil toneladas em relação à estimativa anterior. Em meio à indefinição sobre o tamanho das perdas na colheita de soja das lavouras gaúchas, Fernandes avalia que esse cenário não muda a tendência para as cotações do grão, que ainda é de baixa. "Chicago pode cair numa proporção mais rápida que a alta dos prêmios [nos portos brasileiros]. Há uma nova disputa comercial entre EUA e China que pode beneficiar a demanda chinesa pelo grão brasileiro", avalia. Trigo O trigo se desvalorizou na sessão desta sexta-feira, já que as perspectivas para a safra americana melhoraram recentemente. Os contratos do cereal com vencimento para julho caíram 1,81%, para US$ 6,5125 o bushel. A produção de trigo no Kansas, maior Estado produtor dos EUA, tem uma situação favorável na safra 2024/25, após um regime regular de chuvas e temperaturas dentro da média. “A oferta de trigo no Kansas pode atingir neste ano o maior volume desde 2021”, destaca Ronaldo Fernandes. Ele acrescenta que o clima na Rússia, onde as baixas temperaturas estão no radar dos agentes, melhorou recentemente, fato que dá mais fôlego ao movimento de queda do cereal. Milho O preço do milho segue depreciado na bolsa, e não há nenhum fundamento que possa indicar uma mudança desse cenário. Os contratos para julho fecharam a sessão em queda de 0,98%, para US$ 4,5250 o bushel. Apesar de algum atraso no plantio da safra nos EUA do ciclo 2024/25, o clima ainda se mostra benéfico para o desenvolvimento da safra. Já no Brasil, começaram os trabalhos de colheita da safrinha 2023/24 em algumas regiões. Após uma certa apreensão com o clima durante o plantio em importantes regiões produtoras, como Mato Grosso e Goiás, a expectativa agora é que o rendimento possa superar as projeções iniciais. “Isso deve mais do que compensar as perdas esperadas para áreas do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo”, afirma Ronaldo Fernandes, da Royal Rural.
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