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Preço da soja chega a R$ 115 em Mato Grosso
Mesmo com queda nos custos de produção, os valores de comercialização da safra nova estão próximos do ponto de equilíbrio O preço da soja em Mato Grosso chegou a R$ 115 a saca de 60 quilos, mantendo a tendência de alta neste mês. É o que aponta o indicador do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Em algumas praças do Estado, como Rondonópolis, o grão chegou a valer R$ 120 a saca na segunda-feira (20/5). O menor valor foi verificado em Tangará da Serra, com a saca cotada a R$ 111,50. Saiba-mais taboola A média estadual apurada pelo Imea foi de R$ 115,50 a saca de soja no disponível, aumento de 0,61% em relação à sexta-feira (17/5). Na comparação com o valor do dia 2 de maio, quando a saca valia, em média, R$ 108,70, a valorização é de 6,52%. Apesar do aumento nos preços, os técnicos do Instituto avaliam que o momento é de atenção para o sojicultor mato-grossense. Especialmente para o planejamento do ciclo 2024/25. Nas contas o Imea, mesmo com queda nos custos de produção, os preços de comercialização da safra nova estão próximos do ponto de equilíbrio. “Para que o sojicultor cubra os custos é necessário que negocie a sua soja a pelo menos R$ 95,89 a saca ou alcance produtividade mínima de 55,71 sacas por hectare. Por fim, vale ressaltar que, até o momento, a safra no estado é desafiadora e o produtor deverá se atentar às oportunidades do mercado para poder minimizar os riscos na temporada 24/25”, analisa a instituição. De acordo com o Instituto, os sojicultores mato-grossenses comercializaram 67,43% do grão da temporada 2023/24 e 10,3% do projetado para o ciclo 2024/25, cujo plantio começa no segundo semestre. Chicago e prêmio Na segunda-feira, o mercado interno de soja voltou a ter o suporte dos prêmios de exportação, que se mantêm positivos. Levantamento do Sim Consult, de Mato Grosso, aponta ágio de US$ 0,32 por bushel sobre o preço do contrato para o mesmo vencimento na bolsa de Chicago. Para agosto, US$ 0,47 por bushel. Na própria bolsa, o dia também foi de valorização da soja, o que foi mais um fator positivo para as cotações no Brasil. O contrato para julho em Chicago subiu 1,63% e fechou em US4 12,48 por bushel. A preocupação do mercado neste momento é com a oferta de curto prazo, em meio às inundações no Rio Grande do Sul e à greve organizada por sindicatos na Argentina, que atinge processadoras de soja. “A combinação de forte valorização na CBOT e prêmios firmes trouxe movimento positivo aos preços no mercado brasileiro”, pontua a consultoria Agrifatto, em boletim de mercado. Neste cenário, o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), com base no porto de Paranaguá (PR) subiu 0,9% na segunda-feira e chego a R$ 137,53 a saca de 60 quilos, alta de 6,57% na parcial do mês. A referência baseada nos negócios realizados no Paraná tem elevação de 6,44% no acumulado de maio. Na segunda-feira, ficou em R$ 132,53 a saca. Em outras regiões do Brasil, levantamento da Scot Consultoria mostra saca de soja valendo R$ 117,50 em Luís Eduardo Magalhães (BA); R$ 120 em Rio Verde (GO); R$ 115 em Balsas (MA); R$ 122 no Triângulo Mineiro; e R$ 119 em Dourados (MS). No porto de Santos (SP), a saca vale R$ 137 e, no de Rio Grande (RS), R$ 135.
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