Financiamento privado do agronegócio supera R$ 1 trilhão

Montante é 22% superior ao registrado em abril do ano passado, informa Ministério da Agricultura O saldo conjunto dos principais instrumentos de financiamento privado do agronegócio superou a marca de R$ 1 trilhão em abril deste ano. O montante, de R$ 1,006 trilhão, é 22% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado, quando estava em R$ 775,69 bilhões. Saiba-mais taboola Os dados são do Boletim de Finanças Privadas do Agro do Ministério da Agricultura e reúne informações da B3, Cerc, CRDC, CVM e Anbima. O montante representa a soma das carteiras ativas de Cédulas de Produto Rural (CPR), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Fundos de Investimentos nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (Fiagro) em abril de 2024. As emissões de LCAs e CPRs lideram carteira de fomento privado ao setor agropecuário brasileiro. Em abril deste ano, o estoque de LCAs estava em R$ 469,01 bilhões, montante 20% superior aos R$ 390,12 bilhões registrados no mesmo período de 2023. Desse total, ao menos R$ 234,5 bilhões são direcionados obrigatoriamente em financiamentos rurais de acordo com a exigibilidade de reaplicação de 50% das captações vigente na safra 2023/24. Os valores podem ser usados em linhas tradicionais de crédito rural ou para financiar títulos, como CPRs. Leia também LCA: o que é, como investir e quanto rende a Letra de Crédito do Agronegócio? Fiagro: Entenda esse fundo e veja se é bom para você As LCAs são a principal fonte dos recursos desembolsados no Plano Safra 2023/24 até abril. Dos R$ 347,2 bilhões liberados nos dez meses da temporada, mais de R$ 147 bilhões foram oriundos de captações desses títulos, quase metade do valor acessado pelos produtores no período. O dinheiro é emprestado a juros livres, sem subsídios diretos ou subvenção nas taxas. Cerca de 57% dos valores foram liberados por bancos públicos, 34% por instituições financeiras privadas e 9% por cooperativas de crédito, segundo o boletim do Ministério da Agricultura. No mercado financeiro, as apostas no momento é que essas fontes de recursos privados serão ainda mais relevantes para a próxima safra 2024/25 diante do cenário de restrição orçamentária e de foco em medidas para a reconstrução do Rio Grande do Sul, após as chuvas e inundações que assolaram o Estado. Apesar disso, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, tem repetido a necessidade de reforço do orçamento para equalização de juros e para ações da política agrícola, como mecanismos de apoio à comercialização. Demais títulos Os estoques de CPRs aumentaram 39% de abril do ano passado para cá, saindo de R$ 238,8 bilhões para R$ 332,3 bilhões. São quase 260 mil títulos registrados, com ticket médio de R$ 1,29 milhão por cédula. Apenas na safra 2023/24, entre julho de 2023 e março deste ano, foram registrados R$ 215,1 bilhões em novas CPRs, segundo o boletim do Ministério da Agricultura. O estoque de CDCAs evoluiu 7% e ficou em R$ 32,39 bilhões em abril deste ano. Já a emissão de CRAs cresceu 33%, passando de R$ 103,6 bilhões em abril de 2023 para R$ 138,3 bilhões agora. De acordo com o boletim, o patrimônio líquido dos Fiagros deu um salto de 174% em 12 meses. O saldo passou de R$ 12,8 bilhões em abril de 2023 para R$ 35 bilhões em abril deste ano. O número de fundos saiu de 62 para 100 no período. A maior parte do patrimônio líquido está em Fiagros Imobiliários (47%), os fundos de participações têm 44% do saldo e os fundos de direitos creditórios são responsáveis por 11%.

Poderia 21, 2024 - 15:00
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