Safra gaúcha de arroz é suficiente para abastecer mercado brasileiro
Safra gaúcha de arroz é suficiente para abastecer mercado brasileiro Publicado em 21/05/2024 16:58 A safra 2023/2024 de arroz do Rio Grande do Sul deve ficar em torno de 7.149.691 toneladas, mesmo com as perdas pelas inundações que o Estado sofreu em maio. O número é bem próximo ao registrado na safra anterior, de 7.239.000 toneladas – o que comprova que o arroz gaúcho é suficiente para abastecer o mercado brasileiro, sendo desnecessária a importação do grão. Os dados, calculados pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), foram apresentados em reunião extraordinária da Câmara Setorial do Arroz, realizada de forma remota nesta terça-feira (21/5) pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). “Quando as enchentes ocorreram no Rio Grande do Sul, a safra de arroz já estava 84% colhida, restando 142 mil hectares a colher. Destes, 22 mil hectares foram perdidos e 18 mil ficaram parcialmente submersos. Entre os grãos estocados nos silos, houve comprometimento de 43 mil toneladas”, enumerou o presidente do Irga, Rodrigo Machado. A estimativa de produção total do Irga leva em consideração a produção já colhida até a ocorrência das enchentes (6.440.528 toneladas), somada a um cálculo de produtividade para os 101.309 hectares restantes de área não atingidos pelas cheias, levando em consideração uma média de produção de 7 mil quilos por hectare. Com isso, a produção estimada pelo Irga totaliza 7.149.691 toneladas de arroz para a safra atual. “Mesmo considerando as perdas, temos uma safra praticamente idêntica à anterior, o que nos leva a inferir que não haverá desabastecimento de arroz”, argumentou Machado. A Depressão Central concentrou as maiores perdas de arroz no Estado. “Os produtores da região já tinham perdido toda a safra no plantio, tiveram que replantar. Lá será preciso fazer algo a mais, linha de crédito, seguro para atender a esses agricultores, porque eles perderam não só a safra, mas suas casas, máquinas e animais”, disse o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho. Integrantes da cadeia produtiva consideram preocupante a medida do governo federal de retirar a Tarifa Externa Comum (TEC) para aquisição de arroz importado, em vigor até o fim deste ano. “A TEC vai acabar desestimulando o produtor e teremos nova redução da área cultivada no Estado. Para vender arroz a R$ 4,00, o produtor vai receber abaixo do custo de produção, não vai se pagar”, destacou Alexandre. O coordenador da Câmara Setorial, Francisco Schardong, participará da reunião da Câmara Setorial Nacional do Arroz na quarta-feira (22/5) para falar sobre a produção no Rio Grande do Sul. Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio Tags: Fonte: Governo do RS RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade. 0 comentário
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