Presidente da bancada ruralista critica isenção para importação de arroz
Prejuízo está com o produtor de arroz brasileiro, afirmou Pedro Lupion (PP-PR) O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), disse que o aumento de 30% dos preços do arroz do Mercosul foram uma resposta à medida equivocada do governo brasileiro de anunciar a intenção de realizar uma compra pública do cereal por conta das chuvas e inundações ocorridas no Rio Grande do Sul, principal Estado produtor nacional. Saiba-mais taboola "A resposta do mercado é a melhor resposta que eu poderia te dar. O Mercosul aumentou em 30% o valor do arroz depois que o governo anunciou a compra. Ou seja, o prejuízo vai ficar com alguém. Hoje está parecendo que o prejuízo está com o produtor de arroz brasileiro", disse Lupion em coletiva de imprensa após reunião da FPA na sede da entidade, em Brasília. Ele disse que existe uma "preocupação enorme" com a situação dos produtores nacionais após a retirada da Tarifa Externa Comum (TEC) para a importação de arroz de países de fora do bloco econômico. "A gente abrir mercado dessa maneira, sem controle vai gerar uma concorrência desleal para os nossos produtores, que precisam de apoio e não de mais concorrência", avaliou. Nessa segunda-feira (20/5), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) suspendeu o leilão que faria para adquirir 104 mil toneladas de arroz importado. "Essa resposta do Mercosul, imagino, que tenha sido inclusive o motivo para cancelar o leilão, porque não tinha porque pagar 30% mais. Pagando 30% mais, compra o arroz brasileiro que está aqui no mercado, tem estoque, tem volume e tem todas condições de chegar nas casas dos brasileiros", disse Lupion. Segundo ele, a abertura para importação é uma medida equivocada. "Se fosse necessária, tinha que esperar as coisas acalmarem para vermos qual volume necessário de importação para que não prejudique nosso produtor, a exemplo do que aconteceu com o leite e outras culturas lá atrás, que fizeram isso e se provou que são medidas equivocadas", afirmou. Lupion disse que o país tem estoque de arroz e outras regiões estão com a produção em curso, como Matopiba (confluência entre os Estados do Maranhão, Tocatins, Piauí e Bahia) e Mato Grosso. "Precisamos deixar claro que produtor brasileiro tem que ter preferência na hora venda do produto interno. Essa é a preocupação, que o produtor não pague a conta mais uma vez", finalizou.
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