Preços da Soja em Alta com Prêmios e Dólar Favoráveis
Soja Preços da Soja em Alta com Prêmios e Dólar Favoráveis Exportações e Demanda Interna Sustentam Valorização, Aponta Consultoria Agro do Itaú BBA Publicado em: 21/05/2024 às 17:00hs Os preços da soja registraram uma desvalorização de 1,2% em abril, após um aumento de 0,9% em março em Chicago. No entanto, a demanda interna ajudou a melhorar os prêmios, o que, aliado ao câmbio, favoreceu os preços em reais. As exportações de soja no primeiro quadrimestre somaram 36,8 milhões de toneladas, um aumento de 10% em relação ao mesmo período de 2023, estabelecendo um recorde. A colheita da soja na Argentina está atrasada devido às chuvas abundantes. Em abril, a média do preço do grão na CBOT foi de USD 11,65/bu, sem grandes novidades no mercado externo. Contudo, na primeira quinzena de maio, os preços em Chicago começaram a reagir, impulsionados pelas altas nos derivados farelo e óleo, além do clima mais chuvoso nos EUA, que desacelerou o ritmo de plantio. Até agora, em maio, a alta é de 3,2%, elevando o preço para USD 12,03/bu. No mercado interno, a valorização da saca de soja em Paranaguá foi de 4,1% em abril, atingindo R$ 126,84. Os prêmios à vista ficaram próximos de zero ou até levemente positivos, o que, combinado com a valorização do dólar frente ao real, resultou em alta para as cotações nacionais da soja. Em maio, a valorização continua nos mesmos patamares do mês anterior, com a alta em Chicago beneficiando os preços internos. Os elevados embarques do primeiro trimestre de 2024 refletiram as negociações de contratos a termo fechadas no final do ano passado. Com a soja brasileira competitiva, a demanda chinesa permaneceu ativa em abril, especialmente para entregas entre maio e junho. De acordo com a Secex, os embarques de abril alcançaram 14,7 milhões de toneladas, um aumento de 2,5% em relação a abril de 2023. Atraso na Colheita na Argentina e Perspectivas Globais de Produção Na Argentina, a colheita atingiu 47,8% da área projetada, abaixo da média de 60% para esta época do ano. Apesar do excesso de umidade, os rendimentos registrados são positivos, com a produção argentina projetada em 50 milhões de toneladas pelo USDA e 51 milhões de toneladas pela Bolsa de Cereales. O USDA divulgou as primeiras estimativas para a safra global de soja 2024/25, prevendo aumento na produção americana e continuidade do crescimento na América do Sul. Nos EUA, o plantio da soja começou, mas as condições climáticas podem ser menos favoráveis devido às chuvas abundantes previstas. A expectativa é de que os EUA produzam 121 milhões de toneladas de soja em 2024/25, enquanto o Brasil deve alcançar 169 milhões de toneladas, com exportações projetadas em 105 milhões de toneladas. O consumo chinês também deve aumentar, com projeção de 109 milhões de toneladas de importação, em comparação com 105 milhões de toneladas na safra 2023/24. Até 12 de maio, 35% dos campos americanos haviam sido plantados com soja, abaixo do registrado no ano anterior, mas acima da média dos últimos cinco anos. As previsões indicam chuvas acima da média para o Meio-Oeste americano em maio, o que pode manter o ritmo de plantio lento. Os prêmios de exportação em Paranaguá com vencimento em junho e julho valorizaram significativamente. O prêmio para junho passou de USDc -45/bu em janeiro para USDc 15/bu em abril, enquanto o de julho foi de USDc -25/bu para USDc 35/bu. Essa valorização dos prêmios no segundo semestre favorece a paridade de exportação em relação ao primeiro semestre, mesmo com os preços em Chicago sob pressão. Contudo, o atraso na comercialização da safra nacional pode afetar negativamente a valorização se muita soja entrar no mercado em um curto período no segundo semestre sem uma demanda correspondente. Fonte: Portal do Agronegócio ◄ Leia outras notícias
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