Brasileiro campeão mundial de rodeio em touros da PBR se aposenta aos 48 anos

Ednei Caminhas, número um do mundo em 2002 e competidor mais velho a disputar uma final da liga, vai ser treinador na Team Series No último final de semana, em Arlington, no Texas (EUA), o mundo da montaria em touros viu a consagração de um jovem brasileiro na Professional Bull Riders (PBR) e a despedida de uma lenda do Brasil nos rodeios. Na mesma arena, Cássio Dias, de 22 anos, recebeu o troféu de campeão mundial e um prêmio de US$ 1 milhão, e Ednei Caminhas, de 48, foi homenageado pelos seus recordes e conquistas ao longo de 31 anos de duelos contra touros em eventos nacionais e internacionais. Leia também Até US$ 7 milhões: conheça os peões que mais receberam prêmios na PBR Brasileiro pisoteado por touro vence mundial de rodeio e leva prêmio de US$ 1 milhão Quem são os animais que já roubaram a cena em novelas da Globo Caminhas também já foi campeão mundial, em 2002. Vinte anos depois, na temporada de 2022, alcançou uma marca difícil de ser batida: tornou-se, aos 46 anos, o peão mais velho a disputar as finais da Unleash The Beast, divisão de elite da PBR, derrubando a marca de outro brasileiro, Wallace de Oliveira, que disputou a final em 2020 com 41 anos. “Meu objetivo era chegar a 500 paradas na PBR, mas quebrei duas costelas na montaria 497 e vi que o plano de Deus para mim era outro. De qualquer forma, parei nos touros os oito segundos mais de mil vezes na minha carreira, contando rodeios de outra liga americana e montarias no Brasil”, disse à Globo Rural o agora ex-peão de rodeio, natural de Indaiatuba (SP). Ednei Caminhas em ação em uma das etapas da PBR. Ao longo da carreira, ele somou mais de 20 montarias com notas acima de 90 Ednei Caminhas/Arquivo Pessoal Até chegar à PBR Mundial, Ednei Caminhas enfrentou muitos touros no Brasil. Antes de se mudar para os Estados Unidos, venceu rodeios em Indaiatuba (SP) e outras cidades brasileiras. Foi finalista na Festa do Peão de Barretos, ganhou 11 carros, 1 camionete e 29 motos. “Eu estava entre os três melhores peões do Brasil e vi que o Adriano (Moraes) estava ganhando rios de dinheiro nos Estados Unidos. Aí decidi que devia tentar e me mudei. Ganhei o título em 2002, mas na época, a premiação para o campeão era de US$ 100 mil, um décimo do prêmio de hoje.” Além do Brasil e EUA, Ednei venceu rodeios no Canadá, Austrália, Costa Rica, México e Costa do Marfim. Foi atirado no chão por touros com extrema violência, muitas vezes. Quebrou a clavícula e as costelas. Desmaiou, teve um ombro pisoteado por um animal de quase uma tonelada e ensaiou a aposentadoria algumas vezes, mas voltou a competir. Na temporada 2024, montou 84 vezes e parou em 20 touros. Seu último duelo foi contra It's Chery, em 2 de maio, na final da divisão de acesso Velocity Tour, em Corpus Christi, no Texas. “Estou feliz, realizado e muito agradecido a Deus, minha família e todos os profissionais que fizeram parte da minha caminhada. Venci um Mundial, deixei um legado inédito e ainda montei muitos touros com 48 anos.” Ednei Caminhas, com o cartaz de sua montaria de número 497 Ednei Caminhas/Arquivo pessoal Em toda a carreira na PBR, iniciada em 2000, Edinei Caminhas somou 22 paradas com nota acima de 90. No geral, seu aproveitamento foi de 40%. Acumulou US$ 1,330 milhão em premiações e se aposenta das arenas como o 37º na classificação dos mais premiados da liga em todos os tempos. O dinheiro que ganhou, investiu em propriedades rurais. Há nove anos, mora em um rancho na cidade de Anna, no Texas, com a mulher, Gabriela, e três dos cinco filhos, e não tem planos de voltar a viver no Brasil. A aposentadoria, no entanto, não significa abandonar o mundo dos rodios. Ele aceitou o convite para ser técnico-assistente do New York Mavericks, na Team Series, a competição de equipes da PBR, que começa em julho. “Não foi o convite do New York que me levou a parar de montar. Já vinha planejando essa aposentadoria. Esse novo trabalho vai ser outro desafio na carreira. Encerro 31 anos de montaria e agora vou cuidar de novos talentos.” Para se dedicar à função, ele deixará de lado outra atividade, que exerce em sua fazenda nos Estados Unidos: criar e amansar cavalos para rodeio. Questionado se também cria touros para as arenas, como seus colegas Adriano Morais e o campeão mundial da PBR de 2008, Guilherme Marchi, ele nega. “Isso é hobby para quem tem muito dinheiro.” Saiba-mais taboola Olhando para Cássio Dias, que hoje está na mesma posição que ele ocupou 22 anos atrás, Ednei Caminhas afirma que a vitória foi merecida e que não tinha dúvidas de que o novato mineiro seria campeão. “Viajei com Cássio para rodeios no ano passado e meu filho João Paulo de 7 anos disse que o plano de Deus para ele era o título mundial.” O veterano diz acreditar que Dias deve ganhar outros títulos e pode até superar Adriano Moraes e Silvano Alves, os únicos tricampeões da liga. “Cássio é muito novo e domina muito bem a montaria em touros americanos.” Duelo de lendas: Ednei Caminhas x Whoopa - final Mundial da PBR, em

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