Com queda no custo e perspectiva de alta da arroba, confinamento deve aumentar este ano
Pecuária Com queda no custo e perspectiva de alta da arroba, confinamento deve aumentar este ano Relação de troca com milho e boi magro está mais favorável ao confinador em 2024 Sidnei Maschio 28/05/2024 20:03 Pecuária Os companheiros e companheiras boiadeiros brasileiros, mesmo os que não são assim tão erados nesta lida de ganhar a vida com gado, têm perfeita sabedência de que, com o ciclo de baixa da atividade chegando ao fim, até que enfim, né, agora já não demora para o preço do boi começar a melhorar, o que, de acordo com a tendência natural do mercado pecuário e com o avançamento do tempo no calendário, deve acontecer do meado do ano presente para a frente. Por outro lado, os preços dos principais produtos usados na alimentação da boiada, assim como o valor dos próprios animais mais novos, tão bem mais em conta do que eles estavam no 2023 e 2022, e aí é só juntar as duas pontas desta corda para chegar à conclusão de que este ano o investimento no confinamento está prometendo para o fazendeiro um rendimento bem mais compensador do que o que foi registrado na temporada passada.Falando assim no geral do país inteiro, a previsão do pessoal da Scot Consultoria é de que os pecuaristas brasileiros vão engordar no cocho uma boiada que deve ficar entre 6 milhões 6,5 milhões de cabeças, o que, se for mesmo confirmado, deve representar um aumento de 700mil animais em relação ao volume final do ano passado. Este vento otimista também tá batendo em Mato Grosso, que, sendo o dono do maior rebanho bovino do Brasil, também pretende continuar na ponteira do setor confinador. De acordo com um levantamento que acaba de ser divulgado pelo IMEA, que é o Instituto Mato-Grossense de economia agropecuária, o sistema de engorda intensiva deve entregar para o mercado até o final da temporada pouco menos de 725 mil cabeças, ou 30,5% a mais do que tinha sido no 2022.Conforme os técnicos responsáveis pela pesquisa, um dos principais motivos da animação dos confinadores do estado é a redução no custo de produção. Nas contas fechadas em abril, a diária média nos confinamentos mato-grossenses estava em R$12,21, o que vem a ser o menor valor registrado pelo setor nos últimos três anos, sendo que boa parte desta diminuição aconteceu por conta da desvalorização do milho, que é, junto com a soja, a base da alimentação do gado confinado. O que também está bem mais em conta este ano é o preço do boi magro, por causa do ponto em que a gente está no ciclo da pecuária. Mas assim mesmo os pecuaristas que participaram das entrevistas demonstraram preocupação em relação à lucratividade da atividade nesta temporada, que ainda deve ser apertada. O caso então é de esperar para ver o que é que vai acontecer.
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