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Preço do leite pago ao produtor continua em alta
Pecuária Preço do leite pago ao produtor continua em alta Aumento já é o sexto seguido em 2024 Sidnei Maschio 03/06/2024 17:20 Pecuária O tempo andou, o mundo girou, o maio já tá vencido e arrematado, e o caso acontecido que agora aqui vai ser contado é que o preço do leite pago ao produtor brasileiro subiu outra vez, sendo este o sexto aumento seguido. De acordo com o acompanhamento feito pelo do Cepea, que é o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq de Piracicaba, aqui no estado de São Paulo, no pagamento feito no mês passado, pelo produto entregue na usina em abril, o valor foi de R$2,45 por litro, na média dos principais estados fornecedores do Brasil, com uma substanciosa alta de 5,1% na comparação com o mês retrasado. Fazendo a conta desde janeiro, a valorização já chega a 18,7%, isso em termos reais, ou seja, descontando já a inflação oficial registrada no período considerado.Como já é da sabedência geral dos companheiros e companheiras fazendeiro brasileiros, a parte principal da explicação para esta situação atual é o esmagrecimento da produção nacional, por conta do aperto na lucratividade da atividade, das dificuldades com o clima e da concorrência com os derivados estrangeiros aqui no nosso mercado caseiro. De acordo com os técnicos responsáveis pelo levantamento, de março para abril o volume recebido pelas usinas nas regiões pesquisadas caiu 0,3%. Já nos quatro primeiros meses do ano presente, o tombo chegou a 7,8%. Além da ruindade do preço, que fez o produtor cortar o investimento, a chegada da entressafra no sudeste e no centro-oeste e ainda o atraso da safra no sul do país tão dando uma grande contribuição pro esvaziamento dos tanques de resfriamento.Mas a amiga pecuarista fique preparada porque, segundo os especialistas do Cepea, este movimento altista deve perder força daqui para a frente, por causa de uma conjuminação de situações que podem fazer o carretão até mudar de direção. Uma destas questões é que o consumo está diminuindo muito e a indústria laticinista não tá conseguindo mais repassar os aumentos do custo da sua matéria prima pro preço final dos seus produtos. Além disso, depois do sexto mês seguido de alta, o valor recebido pelo produtor já está começando a ficar interessante outra vez, e juntando isso com a normalização do clima e da produção, a oferta na praça interna deve se recuperar, tirando força da cotação. E tem ainda a sempre presente ameaça representada pela importação, que até abril já tinha registrado um crescimento de quinze por cento em relação ao período correspondente do ano passado.
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