Queijo minas de casca florida natural será regulamentado

Portaria com regras para fabricação deve ser publicada durante 6º Festival do Queijo Artesanal de Minas Gerais O governo de Minas Gerais vai publicar na próxima semana uma portaria que regulamenta a produção do queijo minas artesanal de casca florida natural. O anúncio está previsto para acontecer durante a sexta edição do Festival do Queijo Artesanal de Minas Gerais, que será realizado de 13 a 15 de junho, em Belo Horizonte. A regulamentação é aguardada pelos produtores, que precisam da medida para expandir a atuação de mercado. As regras foram elaboradas após passar por consulta pública, ouvindo entidades e produtores. Altino Rodrigues, gerente de relações institucionais e governamentais do Sistema Faemg Senar, disse que o modo de fazer é bastante similar ao do queijo minas artesanal. Ele também é feito a partir de leite cru, em pequenas propriedades rurais, usando receitas tradicionais da época do Brasil colônia. A diferença é que a casca não é escovada no período de maturação, permitindo, dessa forma, o desenvolvimento do fungo que é natural da queijaria nas peças. O queijo “casca florida” apresenta fungos filamentosos, mais conhecidos como mofo. “O queijo minas tradicional é amarelo. Esse tem a casca esbranquiçada, como um camembert ou brie. O fungo se desenvolve e deixa a massa do queijo mais macia e com sabor diferenciado”, disse Ricardo Boscaro, analista do Sebrae Minas. Queijo artesanal de Minas Gerais Divulgação Secretaria da Agricultura Valor agregado De acordo com Rodrigues, a regulamentação do queijo minas artesanal de casca florida natural vai permitir aos produtores agregar mais valor ao produto. Ele estima que existam em Minas Gerais 20 mil produtores de queijo, no total, sendo 4,3 mil produtores de queijos artesanais. A maioria dos produtores artesanais são agricultres familiares, que fazem uma média de 20 peças de queijo por dia, com um consumo médio de 200 litros de leite diariamente. “Se esse pequeno produtor fosse vender o leite, ia receber R$ 20 por dia, se alguma cooperativa se interessasse em buscar o leite cru. Com o queijo, ele pode vender a produção por R$ 40 cada peça de queijo. Sendo um produto especial, o preço pode ir a R$ 150”, disse o gerente. Rodrigues estima que em torno de 300 produtores no Estado já elevaram a sua produção ao status de queijos especiais e vendem a unidade a preços que vão de R$ 80 a R$ 150. Segundo a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, a venda de queijos artesanais do Estado movimenta R$ 6 bilhões por ano. Existem no Estado dez regiões produtoras do Queijo Minas Artesanal: Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Diamantina, Entre Serras da Piedade ao Caraça, Serra do Salitre, Serras da Ibitipoca, Serro e Triângulo Mineiro. Há também cinco regiões de outros queijos artesanais: Alagoa, Jequitinhonha (cabacinha), Mantiqueira de Minas, Serra Geral e Suaçuí. Ao todo, 15 regiões de produção artesanal, envolvendo 4,3 mil produtores. O sabor varia de acordo com a região, sendo influenciado pela altitude, solo, clima, vegetação, água. “A manutenção da produção do queijo artesanal tem importância cultural para o Estado, que tem produção em praticamente todos os municípios e é responsável pela sobrevivência de muitas famílias”, disse Boscaro. Festival Para promover a produção artesanal do Estado, o Sebrae Minas e o Sistema Faemg Senar promovem a sexta edição do Festival do Queijo Artesanal de Minas, de 13 a 15 de junho. O evento, realizado no Expominas, em Belo Horizonte, tem apoio da Secretaria de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais e da Associação Mineira do Queijo Artesanal (Amiqueijo). A programação inclui palestras, seminários, oficinas, feira de produtos da agroindústria e votação popular do melhor queijo. Pela primeira vez, o festival terá como expositores quatro produtores de queijo artesanal do Rio Grande do Sul, convidados por conta da situação causada pelas enchentes em território gaúcho. No local do evento serão instalados totens com QR Code para doação aos agricultores gaúchos afetados pelas enchentes. Esta edição terá 40 expositores de Minas Gerais, incluindo produtores de azeites, mel, cachaça, doces, vinhos e cafés. Na edição passada, o festival recebeu 21 mil visitantes. As vendas totalizaram 4 toneladas de queijo. Boscaro diz que as vendas devem ser semelhantes às do ano passado. “O objetivo principal não é a venda, mas a divulgação dos diferentes tipos de queijos do Estado e as origens produtoras”, disse. Queijo artesanal de Minas Gerais Divulgação Secretaria da Agricultura Pela primeira vez, produtores de queijo minas artesanal da região da Serra Geral, no norte do Estado, participam do festival, junto com representantes das outras dez regiões tradicionais na produção desse tipo de queijo - Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Diamantina, Entre Serras da Piedade ao Caraça, Serra do Salitre, Serras da Ibitipoca, Serro e Triângulo Mineiro. O evento também terá produtores de outros tipos

Queijo minas de casca florida natural será regulamentado
Portaria com regras para fabricação deve ser publicada durante 6º Festival do Queijo Artesanal de Minas Gerais O governo de Minas Gerais vai publicar na próxima semana uma portaria que regulamenta a produção do queijo minas artesanal de casca florida >>>

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